As polêmicas envolvendo as notícias de que a Fifa teria vetado as sugestões dos atores Lázaro Ramos e Camila Pitanga para ocuparem as posições de apresentadores no Sorteio Final da Copa do Mundo, optando pelo casal Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert, não param. Nesta segunda-feira, um promotor do Ministério Público disse que irá abrir uma investigação para descobrir se houve qualquer tipo de racismo na ação.

"Eu abri uma investigação para apurar as suspeitas de racismo por parte da Fifa, ou por parte da GEO [empresa das Organizações Globo que foi contratada para organizar o evento do sorteio dos grupos da Copa]", disse o promotor Christiano Jorge Santos.

Segundo o promotor, a dupla não reflete o padrão geral do povo brasileiro, de maioria negra ou parda, então "a mudança não se justifica".

Em comunicado, a Fifa negou negou veementemente a hipótese de ter adotado critérios raciais, ressaltando que outros artistas escolhidos para participar do evento representam a diversidade do povo brasileiro. A lista inclui as cantoras Margareth Menezes, Vanessa da Mata e Alcione, o rapper Emicida, o cantor Alexandre Pires e o grupo Olodum.

A Globo, por sua vez, classificou toda a polêmica em torno do racismo como 'bobagem': "O COL decidiu com muita razão, com base em nossa experiência na África, que Rodrigo  e Fernanda se saíram muito bem naquela apresentação. Foi a razão do sucesso e simpatia de um casal tão querido como eles são. Os nomes (cogitados) foram vários. Daí pressupor qualquer coisa é um fenômeno contemporâneo, bobagem", disse Luiz Gleiser, diretor da Rede Globo e da GEO.