Visita ao "rei" Lebron aflora lado basqueteiro da seleção brasileira

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Miami (EUA)

O fã mais assíduo de NBA pode ter estranhado a presença da seleção brasileira de futebol nas arquibancadas de um jogo do Miami Heat. Para alguns deles, porém, o esporte da bola laranja não é exatamente uma novidade. Na cidade do "rei" do basquete, Lebron James, Neymar e companhia aproveitaram um convite irrecusável e finalmente afloraram seu lado basqueteiro.

Em um grupo de 30 pessoas, jogadores e alguns membros da comissão técnica que estão em Miami foram assistir a Heat x Bucks na última terça, pela NBA. De um camarote especial, a seleção brasileira viu Lebron James atropelar os rivais, possivelmente conquistando novos fãs entre os comandados de Felipão.

Neymar já estava nessa lista. No meio do ano, durante a Copa das Confederações, o atacante aproveitou uma folga na concentração para ver o "rei" James, como Lebron se autoproclama, ganhar a NBA pela segunda vez. "Fã demais desse cara. Monstro", escreveu o camisa 10 do Brasil na ocasião.

Na última terça, ele se soltou. Pelo Instagram, mostrou seus óculos estilizados do Heat e engrossou o coro do time da Flórida. Há dois meses, quando a seleção se preparava para um amistoso em Brasília, ele tinha mostrado até certa intimidade com a bola, jogando ao lado de Alexandre Pato contra David Luiz e Marcelo.

"É mais fácil o Neymar acertar a cesta do que o Lebron fazer um gol. Quem joga basquete deve pior com os pés que os jogadores de futebol com as mãos", disse Maxwell na última terça, quando perguntado sobre uma eventual troca de papeis entre os dois astros.

Neymar já tirou fotos com Kobe Bryant, Kareem Abdul-Jabbar e Marcelinho Huertas, e só não o fez com Lebron por um problema de logística. Além disso, acostumou-se a vestir como os jogadores da NBA, com roupas largas e bonés, alguns deles até com referência a time norte-americanos.

Nesse quesito, ele não está sozinho. Na seleção brasileira, não são poucos os que, como Daniel Alves, lembram astros da NBA com tatuagens, toucas, fones de ouvido e um estilo todo particular.

"Acho que tem aumentado muito o número de jogadores que gostam de basquete. A moda, em alguns estilos e nas roupas, são parecidos. Lá também se demonstra muita habilidade. Acho que tem crescido o interesse sim", disse Maxwell.

Para Jô, titular do ataque da seleção na ausência da Fred, o gosto pelo basquete virou uma marca registrada. Protagonista da ascensão do Atlético-MG, o centroavante passou a comemorar gols com Ronaldinho pulando contra o companheiro, batendo com o peito no outro, como se faz na NBA. Tudo porque aprendeu a gostar da nova modalidade.

"Ele [Ronaldinho] gosta muito mesmo, assiste aos jogos e eu tenho de ver também. Ele vibra com as jogadas, gosta das comemorações dos jogadores a cada ponto. É fã do esporte realmente, e eu estou aprendendo a gostar de tanto assistir", disse Jô, quando perguntado sobre a comemoração.

Passado o momento tiete da seleção, porém, os comandados de Luiz Felipe Scolari devem voltar ao trabalho pesado. No próximo sábado, às 22h30 (horário de Brasília), o time encara Honduras, em Miami. Três dias depois, em Toronto, Canadá, o Brasil joga contra o Chile, às 23h. 

REVEJA O VÍDEO EM QUE ALEXANDRE PATO E NEYMAR JOGAM BASQUETE

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