O diretor jurídico da Confederação Brasileira de Futebol, Carlos Eugênio Lopes, acusa Diego Costa de ter optado pela seleção da Espanha por interesse financeiro. Em entrevista ao Jornal O Globo, o dirigente disse que o atacante sofreu forte pressão dos espanhóis na segunda e terça para que oficializasse sua negativa ao time brasileiro.

"Não tenha dúvida de que o Diego Costa foi aliciado. Sofreu duas horas de pressão dos espanhóis na noite de segunda-feira e mais duas horas na manhã de terça. É óbvio que a escolha foi financeira", declarou Lopes ao jornal carioca.

O diretor acrescenta que cumprirá um pedido do presidente da CBF, José Maria Marin: fazer com que Diego Costa perca a cidadania brasileira. Para isso, a entidade instaurará procedimento ao Ministério da Justiça.

Convocado para os amistosos da seleção brasileira contra Honduras e Chile, Diego Costa renunciou oficialmente ao chamado de Luiz Felipe Scolari.

Segundo apurou o UOL Esporte, a decisão de representar a Espanha começou a ganhar força no mês passado. O jogador ficou descontente com a decisão de Felipão, que não havia relacionado o atleta para os amistosos da seleção contra Coreia e Zâmbia, na Ásia.

Antes do anúncio da lista para a excursão na Ásia, Diego teria sido avisado pelo seu agente que seria chamado por Scolari. O agente do jogador é o português Jorge Mendes, que intermediou a ida de Felipão para o Chelsea.

A Federação Espanhola de Futebol divulgou nesta terça-feira, por meio do seu Twitter oficial, que Diego Costa jogará pela seleção campeã da última Copa do Mundo. O atacante assinou um documento em cartório no qual afirma querer jogar pela seleção espanhola.

Felipão avisou que mesmo ainda não tendo recebido o documento, já descartou Diego Costa.

Segundo o jornal AS, da Espanha, o texto vai expressar uma "decisão irrevogável" de defender a seleção espanhola a partir de agora em amistosos e jogos oficiais. Diego Costa se colocou à disposição do técnico Vicente del Bosque para as futuras convocações.

O atacante já atuou pela seleção brasileira nos amistosos contra Itália e Rússia, em março. Porém, a última versão do estatuto da Fifa, lançado em julho deste ano, diz que jogadores que atuaram em competições oficiais da Fifa com um país não podem defender outra seleção. Como Diego só atuou em amistosos, ele ainda pode mudar de seleção.