Na ausência do "garantido", Jefferson espera nova titularidade

Fernando Duarte

De Londres

Se o treinador Luiz Felipe Scolari garantiu publicamente a presença de Júlio Cesar entre os três goleiros que levará à Copa do Mundo, o endosso nem por isso vai garantir a titularidade. Além de estar sem jogar desde a final da Copa das Confederações, em 30 de junho, o goleiro do Queens Park Rangers passou pelo revés de uma fratura no dedo. Para o colega de posição Jefferson, a excursão da seleção à Ásia, a começar pelo jogo de sábado com a Coreia do Sul, em Seul, é mais uma chance de tentar mostrar para Felipão que pode assumir a vaga agora e no ano que vem.

"Vai ser uma boa oportunidade para mostrar serviço ao Felipão e mostrar que posso ser titular. Infelizmente, o Júlio se machucou. Mas encaro a situação com naturalidade", afirmou o goleiro, em entrevista ao UOL Esporte, dias antes de embarcar com a seleção para Seul

O número 1 do Botafogo, porém, precisará mostrar um pouco mais de segurança do que na última chance: em agosto, no amistoso contra a Suíça, Jefferson assustou em alguns lances, com uma reposição de bola que quase resultou num segundo gol contra – o jogo foi decidido numa cabeçada ''contra o patrimônio'' de Daniel Alves. Na teoria, Jefferson será o titular contra os coreanos, uma vez que Victor, o outro goleiro convocado, ainda não tinha sido chamado na gestão de Scolari.

"O Brasil está bem servido na posição, há muitos goleiros bons. Fico feliz de poder contar com a confiança do Felipão, mas preciso trabalhar duro no Botafogo, porque o espaço na seleção será consequência", acrescentou o goleiro.

Jefferson nega que a garantia de Felipão a Cesar tenha criado algum tipo de desconforto entre os goleiros. ''Não foi surpresa. O Júlio representa muito para a seleção, tem uma história bonita lá dentro. Foi merecido. O que preciso fazer é continuar buscando meu espaço".

O goleiro não acredita que o fato não ter obtido muitas chances de jogar pela seleção pode causar estranhamentos no relacionamento com uma zaga acostumada a Cesar. "Tudo é treinamento. Mas teremos uns dias a mais para treinar juntos para o jogo contra a Coreia, não acredito que o entrosamento vá ser problema'', explicou Jefferson, que fez parte do grupo na Copa das Confederações.

De acordo com as estatísticas da CBF, o número 1 alvinegro tem 41 convocações e oito partidas pela seleção. E se compromissos contra Coreia do Sul e Zâmbia não parecem ser o mais desafiadores, a falta de mais jogos até o fechamento da lista da Copa fará, por exemplo, com que o jogo no Ninho do Pássaro, em Pequim, na terça-feira, vire uma espécie de ''final'' para Jefferson.

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