Com receio por protestos e preços salgados, seleção não terá lotação máxima
Paulo Passos
Do UOL, em Brasília*
-
Aiuri Rebello/UOL
Torcedores compram ingressos para amistoso contra Austrália de última hora, na manhã deste sábado (7)
Brasília será o palco do último jogo da seleção brasileira em casa neste ano. A chance de ver o time campeão da Copa das Confederações, porém, não animou os torcedores a ponto de esgotarem os ingressos para o amistoso contra a Austrália, neste sábado, no estádio Mané Garrincha, a partir das 16h15.
Até a manhã deste sábado pouco mais de 38 mil ingressos foram vendidos para a partida. A carga de ingressos, segundo a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), é de 70 mil entradas. Cerca de 10% pelo menos são destinadas aos patrocinadores da entidade. As vendas seriam encerradas no final da tarde de sexta-feira mas, com cerca de metade dos ingressos vendidos, a CBF prorrogou o funcionamento das bilheterias até às 14h deste sábado.
O receio de insegurança, por conta da expectativa de protestos em frente ao Mané Garrincha, é um ponto admitido pelos organizadores da partida como responsável pela venda abaixo da expectativa. O preço salgado dos ingressos também inibiu as vendas. As entradas variam de R$ 90 a R$ 500. Apenas um ponto de venda está aberto, no Brasília Shopping, no setor hoteleiro, Asa Norte, na Capital Federal, próximo ao estádio.
No local, a movimentação de torcedores que deixaram para comprar entradas para o amistoso na última hora era grande no final da manhã deste sábado. De acordo com representante da CBF no local, a expectativa é que ao menos 42 mil ingressos sejam vendidos.
O funcionário público Lucas de Oliveira, 38 anos, não ia ao amistoso com receio de que houvesse muita confusão pelo caminho até o estádio, com os protestos marcados na capital federal neste feriado de 7 de setembro. Quando viu que a situação estava tranquila pela manhã, correu até o ponto de venda e comprou três ingressos, para si e os irmãos. "Vi na TV que estava tranquilo, sem confusão, e resolvi vir correndo comprar", diz ele. "É uma chance de ver a seleção e conhecer um dos estádios da Copa, ainda não fui no Mané Garrincha", afirma.
* Colaborou Aiuri Rebello, do UOL em Brasília (atualizada às 12h15).