Integrante de um time de meias habilidosos e de goleadores, o zagueiro Sergio Ramos foi a escolha improvável para a cobrança de pênalti na derrota da Espanha para o Brasil no último domingo. Com o chute desastroso para fora, o defensor amplia sua lista de decepções no fundamento, que já contava com uma chacota de 2012.

Sergio Ramos foi severamente criticado na eliminação do Real Madrid para o Bayern de Munique na semifinal da Liga dos Campeões de 2012, quando mandou a bola na arquibancada do Santiago Bernabéu. Na oportunidade, a infelicidade do zagueiro virou hit de gozações na internet espanhola.

No Maracanã, Ramos colocou a bola abaixo do braço com a confiança de quem havia acertado seu disparo na disputa de pênaltis contra a Itália, dias antes, quando marcou e fez graça com a torcida brasileira.  

O Brasil já ganhava por 3 a 0 no começo do segundo tempo, e Ramos pediu a bola, num time que conta Xavi e Iniesta entre os possíveis candidatos nessas circunstâncias.

"Há dias em que nada dá certo, pessoalmente tinha muita confiança em bater o pênalti. Esperei até o final, tentei ajustar o chute ao máximo, mas vai fora. Uma anedota a mais de futebol. Agora temos que encarar a outra face deste esporte porque nem sempre se ganha", comentou Ramos após a derrota no Maracanã.

Os últimos sete pênaltis cobrados pela Espanha durante o jogo tiveram seis cobradores diferentes. Além de Sergio Ramos, Xabi Alonso, David Villa, Roberto Soldado, Cesc Fàbregas e Fernando Torres.

A reflexão sobre a escolha do zagueiro do Madrid para a penalidade foi parar na edição eletrônica do diário Marca, da Espanha: "deveria ter sido Sergio Ramos a bater o pênalti?".

O chute de Ramos foi o segundo pênalti desperdiçado pela Espanha no Maracanã na Copa das Confederações. Na vitória sobre o Taiti por 10 a 0, o atacante Fernando Torres também havia perdido uma cobrança.