Torcida impõe clima de "caldeirão" ao Maracanã e mostra como pode ser o Mundial

Mauricio Stycer

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • FLAVIO FLORIDO/UOL

    30.jun.2013 - Neymar vai comemorar com a torcida ao marcar o segundo gol do Brasil contra a Espanha na final da Copa das Confederações

    30.jun.2013 - Neymar vai comemorar com a torcida ao marcar o segundo gol do Brasil contra a Espanha na final da Copa das Confederações

Mais do que em outros estádios por onde passou, a seleção brasileira sentiu no Maracanã o que é ter uma torcida a favor, impondo um ritmo de "caldeirão". Gritando do início ao fim, e vaiando muito a Espanha, os 73.521 espectadores fizeram o estádio ferver e deram uma boa ideia do que pode acontecer na Copa do Mundo, em 2014.

O gol de Fred, aos 2 min, ajudou. Pouco depois, a multidão começava a entoar um grito que se repetiria ao longo de todo o primeiro tempo: "O campeão voltou!!!" 
 
A empolgação levou a exageros, é claro. Aos 8 min, além das vaias, os espanhóis, atuais campeões do mundo, ouviram um grito que talvez não imaginassem ser cantado contra eles: "Timinho!!! Timinho!!!" 
 
A gritaria em apoio da seleção não parou um minuto sequer. Quando David Luiz salvou um gol da Espanha quase embaixo da trave, o Maracanã foi ao delírio, mas se atrapalhou até achar o ritmo certo para festejar o nome composto do zagueiro.
 
No início do segundo tempo, logo depois do terceiro gol do Brasil, a torcida começou a ensaiar os primeiros gritos de "olé". Em felicidade total, parte do estádio cantou: "Quer jogar? Quer jogar? O Brasil vai te ensinar!" E um outro setor do estádio reviveu um antigo grito: "Aha, uhu, o Maraca é nosso!"
 
Sobrou para Shakira
 
A expulsão do zagueiro Pique, depois de falta dura em Neymar, foi motivo de piada no estádio. Depois que o telão mostrou uma imagem de Shakira, namorada do jogador, o nome da cantora foi gritado em coro pelo público.
 
Como virou tradição na Copa das Confederações, a execução do Hino Nacional brasileiro foi um espetáculo. Encerrada a versão de 70 segundos, que sempre toca em eventos da Fifa (Federação Internacional de Futebol), o público continuou cantando até o final da primeira parte. O hino também foi cantado em diferentes momentos do segundo tempo.
 
Os jogadores da seleção acompanharam o público, sob o olhar atento dos espanhóis e do trio de arbitragem. Antes, apesar do clima desfavorável para os espanhóis, a maior parte da torcida brasileira respeitou a execução do hino da Espanha. 

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