Neste fim de semana, o Taiti teve a chance de vencer sua primeira partida desde que chegou ao Brasil para a Copa das Confederações. E não seria no duelo contra o Uruguai, neste domingo, às 16h, na Arena Pernambuco. A chance inusitada aconteceria em um amistoso contra os funcionários do hotel que a seleção está hospedada, na Praia de Boa Viagem, no Recife.

Em um momento de descanso e passeio pelo hotel, os jogadores perguntaram aos funcionários onde poderiam praticar algum esporte, como sinuca e tênis de mesa. Prontamente, garçons, gerentes e mensageiros não perderam a oportunidade de fazer o inusitado convite para o esporte preferido de todos.

"Eles passaram por nós e perguntaram onde tinha algum salão de jogos, algo como um ping-pong para eles jogarem. Como eles são muito simpáticos, perguntei se não queriam bater uma pelada contra o nosso time aqui do hotel. No começo, eles ficaram apenas rindo. Mas depois foram lá conversar com os chefes [comissão técnica] para saber. Eles se animaram bastante. Íamos fazer uma partidinha aqui na praia [Boa Viagem] em frente ao hotel", disse o maître Gerson Costa, que comanda a cozinha do hotel.

O mensageiro Moacir José, que também conversou com os jogadores da seleção, ainda explicou o real motivo do convite aos simpáticos taitianos.

"Queremos dar uma chance aos jogadores. O jogo seria para eles ganharem pelo menos uma partida aqui no Brasil. Eles merecem. Poxa, só tomaram 'pau' até agora. Não queremos nem ganhar. Eles são tão legais conosco que merecem essa retribuição. Já que tá difícil em campo, vamos facilitar para eles aqui na nossa praia. Vai ser um duelo de amadores", brincou o funcionário.

"Vamos conversar com o pessoal da comissão técnica. Se puder, por que não? Acho que seria legal. O pessoal aqui do hotel é bem simpático e tem nos recebido bem. Acho que poderíamos finalmente ter uma vitória", brincou o meia Ricky Aitamai.

E não foi apenas Aitamai que se empolgou. Os irmãos Tehau - Lorenzo, Alvin e Jonathan - e o atacante Chong-Hue queriam saber da comissão técnica a possibilidade de entrarem em campo para a pelada com os funcionários.

Simpáticos à ideia, membros da comissão técnica não se colocaram contra o possível confronto. A falta de datas, porém, impediu a realização do desejo de garçons, mensageiros, mâitres e, principalmente, jogadores.

Sem tempo no sábado, com jogo no domingo e a viagem de retorno ao Taiti na madrugada de segunda, o amistoso contra os funcionários do hotel, assim como uma vitória no Brasil, ficará para uma próxima oportunidade.