No Maracanã, Marin usa de novo jogo para tentar romper isolamento

Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Luiz Paulo Montes/UOL

    Presidente Dilma Rousseff faz cara de poucos amigos ao lado do desafeto José Maria Marin, presidente da CBF

    Presidente Dilma Rousseff faz cara de poucos amigos ao lado do desafeto José Maria Marin, presidente da CBF

O início dos jogos da Copa das Confederações ajudou o presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local), José Maria Marin, a aliviar a pressão que sofria no cargo e a tentar romper seu isolamento político.  Era exatamente essa a aposta do cartola nesta semana quando afirmou que o foco passaria a ser o principal que era a seleção brasileira. Tanto que sua intenção é ir a um jogo por sede da competição. Mas ainda está claro que o dirigente da confederação está longe de gozar de prestígio entre os políticos.

No sábado, durante a partida entre Brasil e Japão, ele conseguiu sua primeira foto ao lado da presidente da República, Dilma Roussef, embora ela tenha se mantido fria com ele. Isso graças ao fato de o presidente do comitê  ter direito a sentar na primeira fila do setor vip. A tática se repetiu neste domingo, na partida entre México e Itália.

Marin assistiu ao jogo ao lado do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Do outro lado, com uma cadeira entre eles, estava o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Ao chegar, o ministro fez questão de manter uma cadeira de distância do presidente do COL, mas eles conversaram por 10 minutos ao chegar ao jogo. Mas fez piada ao ser questionado sobre a distância do dirigente da CBF e não explicou o motivo.

Na volta do intervalo, Marin ficou em um assento sozinho, com uma cadeira entre ele e Blatter e Rebelo, um de cada lado, já que Cabral demorou a voltar. Pouco antes da Copa das Confederações, o presidente do COL afirmara que quando fosse dado o primeiro chute as atenções estariam voltadas para a seleção. A própria vitória no primeiro jogo do time brasileiro é um benefício para Marin.

Apesar de usar os jogos para aparecer com políticos, o presidente do COL ainda é excluído das reuniões mais importantes de trabalho sobre a Copa-2014. Ficou de fora do encontro de Blatter com Roussef, na sexta-feira. E quem tem tomado as decisões operacionais do comitê é o diretor-executivo Ricardo Trade.

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