Após reclusão, Marin sai da toca e planeja ir a um jogo em cada sede

Ricardo Perrone

Do UOL, em Brasília

Depois de um período evitando os holofotes, o presidente da CBF, José Maria Marin, montou uma agenda que vai lhe garantir visibilidade durante a Copa das Confederações. É uma forma de superar o isolamento imposto a ele por Governo Federal e Fifa (Federação Internacional de Futebol).

O UOL Esporte apurou que a estratégia é assistir a um jogo em cada sede na primeira fase da Copa das Confederações, sem depender de convites e aproveitando o jatinho da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para se deslocar.

No sábado, como parte do protocolo oficial, o presidente do COL e da CBF assistiu à abertura do torneio ao lado da presidente Dilma Rousseff, que não teve como evitar o encontro.

Em suas viagens, Marin deve promover encontros com dirigentes e políticos, a fim de mostrar que não está isolado politicamente, apesar da rejeição do Governo Federal e da Fifa.

Em Brasília, no dia anterior ao jogo, ele recebeu uma homenagem do governador distrital, Agnelo Queiroz diante de presidentes de federações e de poucos clubes que viajaram com despesas pagas pela CBF. O evento foi no bar que tem como um dos sócios Celso Russomano, candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo na última eleição.

Nessa campanha para mostrar que não está aniquilado politicamente, o dirigente até contrariou a vontade de seu estafe e deu uma entrevista para a rádio Bandeirantes. Ele tinha sido aconselhado a evitar a imprensa para não correr o risco de ter de responder a perguntas constrangedoras, como sobre seu envolvimento com o regime militar.

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