No primeiro treino coletivo após o empate contra a Inglaterra, 2 a 2, no Maracanã, o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, manteve a equipe que começou o jogo no Maracanã. Em trabalho no CT do Goiás nesta quarta-feira, o treinador armou um time com Julio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Filipe Luis, Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar, Hulk, Neymar e Fred.

Após o empate com os ingleses, Felipão elogiou a atuação do time no primeiro tempo da partida.Ele disse que havia 90% de chance de manter a mesma formação no amistoso do próximo domingo, contra a França, em Porto Alegre. Este será o último amistoso antes da estreia da seleção na Copa das Confederações. O time comandado por Felipão enfrentará o Japão, dia 15, em Brasília.

Ao todo, o trabalho da manhã desta quarta-feira durou quase duas horas, sob forte sol e calor. A parte do treino com times definidos durou 30 minutos. No restante do tempo, os jogadores fizeram trabalhos físicos e testes de ataque contra defesa.

No coletivo, Felipão não fez nenhuma mudança na equipe titular. Durante o trabalho, aproveitou para acertar detalhes na equipe e ensaiar jogadas, como cobranças de falta.

Neymar e Hulk foram os batedores escolhidos. Ouviram do técnico orientações e testaram a pontaria. Hulk se saiu melhor e converteu um gol. Fred era orientado para aproveitar o rebote, quando o goleiro reserva Diego Cavalieri rebatia.

O treinamento era paralisado constantemente por Felipão, que chamava a atenção dos jogadores em voz alta. O técnico também testou a marcação que quer dos seus atacantes. Fred e ,principalmente, Neymar e Hulk foram orientados a diminuir o espaço dos zagueiros e tentar dar o bote.

Quando viu que o cronômetro já tinha marcado 30 minutos, Scolari encerrou o treinamento coletivo, mas não deixou de alertar os atletas. "Agua, todo mundo tem que beber, se hidratar!", gritou.

Aberto ou fechado?

Em meio à preparação para a Copa das Confederações, a seleção brasileira se vê no meio de uma disputa política em Goiás para que o time treine com portões abertos e presença de público. O UOL Esporte apurou que o governo local, que pagará R$ 2,5 milhões para a reforma da Serrinha, que recebeu o time nesta terça-feira, está pressionando a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) por um treinamento com a presença de torcedores na estada da equipe em Goiânia.

O time ficará na cidade até sexta-feira e depois retornará para passar pelo menos mais dois dias antes da estreia na Copa das Confederações, em Brasília, contra o Japão. 

Quando foi acertada a ida da seleção brasileira para Goiânia, em 2012, havia um acordo para que o time treinasse no Serra Dourada, com portões abertos. O estádio, porém, foi sacado do cronograma da seleção por escolha da comissão técnica da CBF, encabeçada por Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira.

Agora, nem a a imprensa chegará tão perto da seleção. Nesta quinta, no último trabalho do time em Goiânia, Felipão fechará os portões para os jornalistas para fazer testes com mais privacidade.