*Atualizada às 12h30

No dia da final da Copa do Mundo de 2014, o Maracanã trocou o clima de festa costumeiro em outras partidas por uma militarização de todo o seu entorno com um contingente de segurança nunca visto. Por volta do meio dia, havia mais policiais militares em volta do estádio do que torcedores da Alemanha e da Argentina. Todos que não têm ingresso são impedidos de chegar perto da arena.

As ruas em volta do Maracanã começaram a ser fechadas às 23h de sábado. Mas foi às 4h da manhã de domingo que a polícia estabeleceu, de vez, o cerco em volta da arena. Ninguém sem bilhete entra, e vários argentinos estão sendo barrados. 

Até dentro do perímetro, os policiais têm requisitado os ingressos dos torcedores para garantir que não houve burla a barreira. Profissionais que vão trabalhar no jogo e estão credenciados também têm que passar por revista de bolsas, em linhas de segurança feitas por policiais ao redor do estádio.

Há caveirões, polícia montada, sequência de carros da polícia perto do estádio. Na saída das estações de metrô que dão acesso ao Maracanã, cada torcedor passa por pelo menos três linhas de policiais.

Agentes da Força Nacional de Segurança estão reforçando o contingente que fez a proteção do Maracanã no dia da final. Na entrada em que mais de dez chefes de Estado vão adentrar no estádio para assistir ao jogo decisivo do Mundial, quem faz a segurança é a Polícia do Exército.

No total, há 26 mil homens envolvidos na operação, segundo os órgãos de segurança. Há até um certo clima de paranoia entre os agentes próximos do estádio. Tanto a Força Nacional tanto os homens do Exército não haviam trabalhado na segurança do entorno do Maracanã em nenhum jogo da Copa. 

Também não haviam sido usadas tantas barreiras de metal para controlar o acesso ao Maracanã. Ninguém que não seja um agente de segurança consegue sequer chegar perto dos muros do estádio. Há sempre uma bloqueio de metal posta a aproximadamente 2 metros do Maracanã impedindo a aproximação do estádio.

Vale lembrar que a falta de proteção ao estádio facilitou duas invasões de torcedores nos dois primeiros jogos da Copa do Mundo realizados no espaço. Antes de Espanha x Chile, aliás, mais de 90 torcedores entraram no estádio sem ingresso.

A expectativa é de que, quando se aproximar a hora do jogo, aumente o número de torcedores e o cenário mude. Mas até agora, o que se vê é uma festa da polícia em volta do Maracanã.