Final da Copa premia a força do banco de reservas da campeã Alemanha

Do UOL, em São Paulo

  • REUTERS/Ricardo Moraes

    Götze vê a bola entrar após finalizar com precisão contra o argentino Romero

    Götze vê a bola entrar após finalizar com precisão contra o argentino Romero

O passe preciso de Schürrle para o domínio e conclusão perfeitos de Götze, aos 7 minutos do segundo tempo da prorrogação, foram apenas a parte mais visível da força que o banco de reservas representou para a Alemanha ganhar a Copa do Mundo de 2014.

Uma seleção que, mesmo com lesões importantes (como a perda do atacante Reus, machucado no último amistoso, e o desfalque de última hora do volante Khedira, que desfalcou a equipe quando sentir dores no aquecimento para a partida deste domingo), se mostrou muito forte e com repertório.

Desde o começo da competição, o técnico Joachim Löw teve opções para mudar o panorama dos jogos ou sair do sufoco, que, por incrível que possa parecer, foram maiores do que se pode imaginar quando se vê que a Alemanha foi campeã do mundo. Quando as coisas apertaram, havia Klose para sair do banco e empatar o jogo contra Gana (e igualar, naquele momento, Ronaldo como o maior artilheiro das Copas). Mas, talvez, a figura que melhor represente isto seja o atacante Schürlle.

Foi o jogador do Chelsea que mais exerceu a função de mudar o jeito de a Alemanha se comportar ao longo das partidas. Contra a Argélia, nas oitavas de final, fez o primeiro gol que selou a vitória por 2 a 0, na prorrogação. Faria mais dois, contra o Brasil, no segundo tempo, quando a Alemanha já havia diminuído o ritmo após abrir 5 a 0 na etapa inicial. Foi o jogador que estava ali sempre para incendiar a equipe. E terminou a Copa com três gols, vice-artilheiro da equipe (Müller fez cinco).

E, mesmo que não tenha conseguido isso logo após ter entrado no primeiro tempo, quando substituiu o meio-campista Kramer (que por sua vez havia substituído Khedira na final), Schürrle foi importante para que a Alemanha equilibrasse as forças no jogo, em que a Argentina superou o domínio de bola alemão com força na marcação e velocidade nos contra-ataques. Com sua entrada, a Alemanha passou a ter três homens no ataque (contando Klose e Müller). O que foi fundamental na prorrogação, quando outra peça passou a ser decisiva.

Götze, que havia marcado um gol contra Gana, na segunda partida da Alemanha na Copa, havia perdido espaço ao longo dos jogos seguintes. Na decisão, porém, entrou e foi insinuante, deixando a defesa da Argentina mais preocupada e sem liberdade de jogar mais à frente, para empurrar os alemães para trás. Sua execução técnica no lance do gol deixou claro que, aos 22 anos, é um jogador que pode ser decisivo muito além do que foi ao garantir o tetracampeonato da Alemanha.

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