Trauma já é peso para a "classe de 2018" da seleção brasileira

Fernando Duarte

Do UOL, em Belo Horizonte

A partida de sábado em Brasília pela disputa do 3º lugar da Copa do Mundo de 2014 é uma mistura de estorvo e prêmio de consolação para a seleção brasileira, mas que também de certa forma marca o início da caminhada para o Mundial da Rússia, em quatro anos. E é sob a sombra do agora maior trauma da memória futebolística do país que a "classe de 2018" precisará juntar os cacos e buscar uma vaga e uma chance de redenção.

Depois de uma renovação radical entre 2010 e 2014, a seleção não precisa sofrer alterações draconianas no número de jogadores. Dos 23 jogadores trazidos para o Mundial do Brasil, 15 terão 33 anos ou menos em 2018, o que de saída sugere uma geração mais experiente e com a vivencia de uma Copa. O desafio será fazer com que o trauma sirva como lição e não fantasma.

"Precisamos levantar a cabeça. Claro que nunca vamos esquecer o resultado desta partida (os 7 a 1 contra a Alemanha), mas precisamos continuar de cabeça erguida e levar o que aconteceu como aprendizado", diz o meia Willian, de 25 anos, e um nome bastante plausível para fazer parte do próximo ciclo de Mundial.

Do atual grupo, além do goleiro Julio César (34), que na passagem pela zona mista após a derrota no Mineirão fez uma despedida informal da equipe, é possível especular que Maicon, Daniel Alves, Maxwell, Jefferson, Victor, Dani Alves, Fred e Dante "perigam" ficar pelo caminho até 2018. A decisão, claro, vai depender do treinador a cargo da equipe após o Mundial – e bom-senso sugere que não será Luiz Felipe Scolari.

Jogadores excluídos do grupo atual despontam como possíveis retornáveis. Lucas Moura, por exemplo, completará em agosto os mesmo 22 anos de Neymar, ao passo que Philippe Coutinho, também parte da Geração de 1992, também surge como nome a ser observado. E se tanto David Luiz quanto Thiago Silva ainda podem render pelo menos uma outra Copa, seu companheiro de clube Marquinhos, com 20 anos completados em maio é uma "sombra" promissora.

Diferentemente deste ano, a seleção brasileira voltará a disputar as eliminatórias sul-americanas, o que dará mais rodagem ao grupo. De acordo com o calendário da Fifa, a primeira convocação da nova equipe já deverá ser feita em meados de agosto deste ano, pois setembro já conta com datas para a realização de amistosos, entre os dia 1 e 9. Confirmados, porém, estão apenas um jogo com a Argentina em outubro em Pequim e um encontro com a Turquia em novembro em Istambul.

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