A Costa Rica vive seu melhor momento na história do futebol e Alexandre Guimarães, nascido em Alagoas, tem participação no bom resultado da seleção na Copa. Naturalizado, ele disputou o Mundial de 1990, na Itália, quando a Costa Rica chegou as oitavas de final. Em 2002, era o treinador do time que enfrentou o Brasil na fase de grupos e perdeu por 5 a 2.

Guimarães diz que o desempenho é consequência dos jogadores do país irem para a Europa ao chegar à faixa etária dos 20 anos. "Se deve principalmente pela saída de grande parte desse elenco que está na Copa e decidiu tomar uma atitude profissional".

Entre os atletas da seleção que fizeram esta opção está o filho de Guimarães, Celso Borges, que joga na Suécia. Com uma ligação tão forte não há dúvidas para quem torcer no caso de um encontro com o Brasil. "Meu coração não está dividido. Filho é filho meu irmão, sou Costa Rica."

Sobre a partida deste sábado, o ex-treinador diz que a Holanda é favorita por causa da tradição, mas acredita que a Costa Rica pode repetir o nível dos três primeiros jogos, quando surpreendeu Uruguai, Itália e Inglaterra. Guimarães afirma que a seleção pode vencer se prestar atenção aos detalhes e tiver um pouco de sorte. Marcar os três atacantes é vital. "O Robben é aquele que desequilibra, está no melhor estado neste momento".

Se os adversários podem desequilibrar por causa das individualidades, a força da Costa Rica está no coletivo. "Já se destacaram o goleiro Navas, o zagueiro Giancarlo González, o Celso Borges no meio, o Joel Campbell e Bryan Ruiz lá na frente. Então essa é a coluna do time e quando funciona geralmente o resto do time funciona bem."

A respeito do Brasil, Guimarães lembra que a seleção passou por um teste difícil contra o Chile e espera que neste momento os jogadores deem algo a mais. Sobre a final, é otimista com o futebol da Costa Rica. "Olha eu espero que a Costa Rica possa chegar lá. Vamos esperar que isso aconteça. Seria, muito, muito maluco, mas no futebol pode acontecer qualquer coisa e, claro, espero uma final contra o Brasil."