A Copa dos gols virou a Copa dos goleiros, e mesmo assim só ganha em emoção

Do UOL, em São Paulo

"Copa das Copas" era um slogan não muito querido pelos brasileiros antes do início do Mundial, já que se referia a tudo do Mundial fora dos gramados. Até a bola rolar. Então, não só o slogan virou explicação para a qualidade dos jogos, como o torneio virou a "Copa dos gols", com a incrível média de 2,8 gols por partida - em comparação com as Copas anteriores completas, a melhor desde 1982.

Nas oitavas de final, mais 18 gols foram somados aos 136 da fase inicial. Assim, a média da segunda fase foi de 2,2. Até que chegaram as quartas. E tudo mudou.

Mas, acredite, por mais que esse tom pareça negativo, não é. Os gols diminuíram, mas a emoção aumentou. E muito graças aos goleiros, que "mudaram" novamente o slogan. Agora, a Copa é deles.

Os arqueiros passaram a ser os destaques do Mundial, ganhando diversos prêmios de melhor da partida mesmo quando derrotados. Graças a eles, 50% dos jogos de mata-mata da Copa até aqui foram, pelo menos, para a prorrogação: seis de 12. Em cinco desses jogos, um goleiro foi eleito o melhor em campo. No total da Copa, por 10 vezes um goleiro recebeu o troféu dado pela Fifa.

Abaixo, conheça e entenda cada goleiro que ajudou a criar essa história até aqui, antes das semifinais - sem esquecer de outros com grandes atuações, como Benaglio, da Suíça, Ospina, da Colômbia, e Bravo, do Chile, por exemplo. Será que eles continuarão a ser os destaques, ou chegou a hora de Messi, Robben, Müller e, bem, o substituto de Neymar mudarem novamente o slogan para "Copa dos gols"?

Os melhores goleiros da Copa
  • AFP Photo/Pedro Ugarte
    Keylor Navas
    O goleiro do Levante-ESP foi o principal expoente da histórica campanha da Costa Rica, sendo eleito o melhor em campo contra a Grécia, nas oitavas, quando pegou o pênalti da vaga nas quartas, e na fase seguinte, contra a Holanda, quando segurou Robben e Van Persie, só caindo nos pênaltis. Sofreu apenas dois gols na Copa. Foto: AFP Photo/Pedro Ugarte
  • Robert Cianflone/Getty Images
    Guillermo Ochoa
    O mexicano teve atuação espetacular contra o Brasil, segurando o 0 a 0 com pelo menso três defesas das mais bonitas da Copa, e só foi batido pela holanda nos acréscimos das oitavas, em bola impossível de ser defendida chutada por Sneijder e em um pênalti. Foi eleito o melhor em campo nos dois jogos. Foto: Robert Cianflone/Getty Images
  • EFE/EPA/Ali Haider
    Tim Howard
    O goleiro dos EUA bateu o recorde de defesas em um mesmo jogo de Copa contra a Bélgica, nas oitavas, com incríveis 16. Foi eleito o homem do jogo nessa partida e também contra Portugal, na primeira fase. Virou ídolo nacional nos Estados Unidos, recebendo ligação até de Obama. Foto: EFE/EPA/Ali Haider
  • AP Photo/Matthias Schrader
    Rais M'Bolhi
    Se a Argélia só foi eliminada pela Alemanha na prorrogação das oitavas, o principal responsável é M'Bolhi, eleito o melhor em campo naquele dia. Pegou bolas no ângulo, cara a cara e de todo jeito que é possível - se seus companheiros atacantes tivessem colaborado, teria levado o país africano às quartas. Foto: AP Photo/Matthias Schrader
  • AP Photo/Martin Meissner
    Vincent Enyeama
    O goleiro nigeriano foi muito elogiado em toda a primeira fase, quando foi o principal responsável pela classificaão da Nigéria, e mais ainda na derrota para a França nas oitavas - mesmo falhando no 1° gol francês, não houve quem lhe crucificasse. Defesas a queima-roupa foram vária s durante a Copa para o nigeriano. Foto: AP Photo/Martin Meissner
  • AFP Photo/Odd Andersen
    Thibaut Courtois
    O goleiro da Bélgica só perdeu uma partida em sua história com a seleção: exatamente a da eliminação nas quartas para a Argentina. Mesmo assim, só levou três gols na Copa, e ainda fez espetaculares defesas, incluindo uma contra Messi, já no final do jogo deste sábado. Só tem 22 anos. Em 2018, já é candidato a ser novamente um dos melhores. Foto: AFP Photo/Odd Andersen
  • Júlio Cesar Guimarães/UOL
    Manuel Neuer
    O goleiro da Alemanha fica por último na lista por um motivo: mais do que por suas defesas, se destacou pro seu carisma em terras brasileiras e por sua habilidade como líbero - contra a Argélia, mais desarmou os atacantes rivais do que fez defesas. Será que ele segurará o Brasil nas semifinais? Foto: Júlio Cesar Guimarães/UOL

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