Brasil faz o jogo mais faltoso e recupera espírito da C. das Confederações

Do UOL, em São Paulo

A seleção brasileira pode ainda não ser a que ganhou a Copa das Confederações de 2013, mas em um aspecto o time que bateu a Colômbia nesta sexta-feira lembrou o campeão do ano passado: o elenco comandado por Luiz Felipe Scolari aumentou consideravelmente o número de faltas cometidas. Foram 31 nas quartas de final, quase o dobro da média que a equipe vinha apresentando anteriormente, e isso transformou a partida na mais faltosa do Mundial.

No total, o duelo entre Brasil e Colômbia teve 54 infrações. O número superou Brasil x Chile, que havia registrado 51 faltas em 120 minutos e era o jogo com mais faltas na Copa de 2014 até então.

O terceiro jogo mais faltoso da Copa de 2014 é Argentina x Suíça, também válido pelas oitavas de final. A partida foi decidida na prorrogação e teve 47 faltas em 120 minutos.

A volta do espírito da Copa das Confederações

O Brasil havia feito 65 faltas nos quatro primeiros jogos da Copa (média de 16,25 a cada partida). Nesta sexta-feira, o espírito mudou. Infrações foram expediente muito usado para conter o meia-atacante James Rodríguez, principalmente no primeiro tempo – autor de um gol de pênalti na etapa final, o camisa 10 da Colômbia tem seis bolas nas redes e lidera a artilharia do Mundial.

O Brasil que bateu mais lembrou muito o que havia conquistado a Copa das Confederações. O time de 2013 fez 107 faltas em cinco jogos (média de 21,4 por partida), e isso gerou até críticas da vice-campeã Espanha depois da decisão.

"O Brasil fez uma série de faltas não violentas, mas foi uma estratégia contínua. Isso afetou qualquer possibilidade de dar sequência ao jogo", criticou na época o técnico da seleção espanhola, Vicente del Bosque.

O excesso de faltas custou dois cartões amarelos ao Brasil nas quartas de final da Copa de 2014. O time de Luiz Felipe Scolari é o que mais recebeu advertências no torneio (dez no total), e isso tirou o zagueiro Thiago Silva, suspenso, das semifinais.

Além do número de faltas, o Brasil aumentou nesta sexta-feira a quantidade de desarmes. Foram 32, volume muito superior à média da seleção na Copa – a equipe havia registrado um total de 50 nas quatro partidas anteriores.

O número de desarmes do Brasil até as quartas de final já era o maior na Copa de 2014. Essa foi outra marca que o time repetiu em relação à Copa das Confederações – no ano passado, o time de Felipão também foi o que mais roubou bolas.

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