Técnico alemão defende "futebol feio" e usa até Brasil como exemplo

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

A Alemanha esteve longe de demonstrar o seu melhor futebol na suada vitória sobre a Argélia, por 2 a 1, nesta segunda-feira, no Beira-Rio. Com o jogo definido apenas na prorrogação, os alemães tiveram grande dificuldade e sofreram até o fim. Mas ninguém parece se importar muito com o nível apresentado em campo.

Em entrevista coletiva após o duelo, o técnico alemão Joachim Löw negou qualquer tristeza pelo fato de ver seus comandados atuarem abaixo do esperado e utilizou até o Brasil como exemplo.

"Eu deveria estar desapontado porque me classifiquei para as quartas? Vimos que não jogamos bem no primeiro tempo, mas jogos como este sempre acontecerão na Copa do Mundo. Havia uma motivação muito grande na Argélia. O Brasil foi até o último pênalti para passar. Os times nas oitavas estão completamente motivados. Partidas assim vão sempre existir", comentou.

De acordo com o treinador alemão, não é possível atuar de maneira encantadora em todas as partidas de uma Copa do Mundo. Às vezes é necessário "jogar feio".

"Eu acho que em uma Copa do Mundo não se pode demandar que as seleções joguem de maneira maravilhosa. Às vezes se joga de maneira fantástica e acaba é eliminado. Hoje não fomos fantásticos, mas vencemos. Tivemos um empate e três vitórias até aqui. É assim. Nem todas as seleções terão um futebol espetacular em todos os jogos", afirmou. 

Joachim Löw ainda fez questão de valorizar o jogo apresentado pela Argélia ao longo dos 120 minutos.

"A Argélia, naturalmente lutou muito. Fizeram de tudo. Sabemos que eles estavam extremamente motivados e muito preparados para se esforçar. Sabemos que eles estavam jogando bem antes e têm dois atacantes rápidos. Sabíamos que tentariam vencer. Às vezes tinham cinco atrás, não nos facilitaram em nada", disse. 

Agora, Löw e a Alemanha terão pela frente a seleção da França. A partida acontece na próxima sexta - feira, às 13 horas, no Maracanã. Questionado sobre o clássico duelo de 1982, quando a então Alemanha Ocidental venceu nos pênaltis, o técnico alemão preferiu não se apegar ao passado.

"Eu não falaria da partida de 82, com a França. Sempre foi um clássico, sempre foram partidas tensas e dramáticas. A França com Deschamps fez um time muito guerreiro e com um meio-campo bem montado. Tem Giroud e Benzema no ataque. É sempre um clássico e jogado com tensão", completou. 

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