A Costa Rica já mostrou ao longo desta Copa do Mundo que duvidar da capacidade de "Los Ticos" em surpreender as seleções favoritas não vem sendo uma escolha segura nas bolsas de apostas.

Mesmo assim, o histórico em Mundiais coloca a seleção da América Central mais uma vez como o azarão no confronto contra a Holanda neste sábado em Salvador, pelas quartas de final.

Se a pressão de atingir um feito inédito e histórico para o país e ter de enfrentar um adversário de tradição assusta? Para o goleiro Keylor Navas, herói da Costa Rica na decisão de pênaltis contra a Grécia, a resposta é não.

"Estamos empolgados em estar nas quartas de final e fazer algo importante por nosso país, precisamos manter isso", afirmou. "(A Holanda) é um dos maiores times do mundo, mas iremos jogar com a mesma determinação e característica. Iremos para ganhar", completou.

Com 27 anos, Navas quase desistiu da carreira de jogador para ser designer gráfico. Agora, precisa lidar com o assédio de grandes clubes europeus. Seu contrato com o time espanhol Levante tem mais um ano de duração e uma multa rescisória de 8 milhões de euros.

A experiência no Levante, aliás, foi fundamental para Navas ter saído da Arena Pernambuco como o herói da classificação ao defender um pênalti de Gekas.

"Jogamos juntos no Levante e lembrei como ele costumava fazer nos treinos. Estava confiante de que ele não mudaria a forma de bater, e no final pude fazer a defesa", recordou o goleiro, eleito o melhor jogador da partida.

Para o lado da Grécia, a eliminação significa uma mudança de era na equipe. Isso porque o capitão Giorgos Karagounis, campeão na histórica campanha da Euro 2004, anunciou a aposentadoria do time nacional. "Foi meu último jogo pela Grécia", sentenciou.