O técnico da Argélia, Vahid Halilhodzic, se negou a responder perguntas sobre o Ramadã na entrevista coletiva que sucedeu o empate com a Rússia, que garantiu avanço de sua equipe às oitavas de final da Copa do Mundo. E a razão para isso teria sido a proibição do jejum religioso no dia do duelo contra Alemanha pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Segundo a imprensa argelina, os jogadores até queriam jejuar, mas o comandante não autoriza.

A ideia é comum entre os jornalistas que cobrem o time africano: é o treinador que não vai liberar o jejum do Ramadã em dia de jogos. O período está em vigor desde sábado, e nele os muçulmanos não podem fazer refeições do amanhecer ao anoitecer.

O assunto é tabu. Após o empate com a Rússia, perguntas repetidas sobre o período fizeram o treinador abandonar a sala de entrevistas depois de dar um soco na mesa, irritado. O primeiro contato com a imprensa depois disso será antes do treinamento deste domingo, marcado para o início da noite.

A delegação da Argélia chegou neste sábado à noite em Porto Alegre. Não há programação especial por causa do período religioso, segundo informou a assessoria de imprensa do hotel que recebe a seleção.

No período do Ramadã, refeições são realizadas apenas durante a noite. Vahid Halilhodzic, técnico da equipe, é Bósnio, mas diz respeitar os costumes religioso de seus atletas. Acompanha a delegação africana, um líder religioso que seria o responsável por 'liberar' os jogadores do jejum, obrigatório aos muçulmanos.