Chile ignora estatística e põe vitória contra Espanha como 'jogo modelo'
Jeremias Wernek
Do UOL, em Belo Horizonte
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Júlio César Guimarães/UOL
Atuação diante dos espanhóis foi citada pelo capitão do time, mas treino teve teste com formação diferente
O Chile é um velho freguês da seleção brasileira em Copas do Mundo, mas desta vez chega as oitavas de final com grande esperança. Ignorando o histórico diante do time verde amarelo, que aponta três derrotas em Mundiais, a equipe de Jorge Sampaoli tem como discurso a chance de fazer história no próximo sábado, no Mineirão. E a fórmula é repetir o futebol apresentado diante da Espanha, no Maracanã.
"Nos preocupamos com a nossa parte, nossa preparação. Nosso estilo de jogo. Não olhamos para o lado de lá. Queremos chegar bem contra o Brasil e realizar um jogo como foi contra a Espanha. Fomos bem sólidos naquela partida", disse o goleiro e capitão Claudio Bravo.
Os motivos para a vitória contra a Espanha ser citada é simples. Além do caráter histórico, por ter sido um triunfo diante da atual campeã do torneio e render consequente classificação, a partida agradou pelo desempenho. Provado em números.
Contra os espanhóis o Chile conseguiu 20 desarmes e 72% de aproveitamento na troca de passes. Deixou a equipe de Vicente Del Bosque com a bola, mas explorou a verticalidade casada com a marcação alta. Um jeito de jogar com a marca de Jorge Sampaoli.
Na partida definida como exemplo, a seleção chilena recuperou a bola 62 vezes contra 50 da Espanha. E foi muito mais efetiva no ataque: sete chutes ao todo, com quatro no gol. Enquanto os europeus arremataram em 15 oportunidades, mas com apenas nove indo no alvo.
"Muitos falaram que não temos nada a perder, mas vejo o contrário. Temos muito a perder. Podemos fazer história. Temos capacidade, temos jogadores, uma maneira de encarar o adversário. Nós queremos seguir adiante", afirmou Bravo.
A formação do Chile para a partida diante de Neymar e companhia ainda não está definida. Jorge Sampaoli, recluso na Toca da Raposa II, já testou uma escalação com Valdivia de volta ao meio-campo. Mas com esta decisão, remontaria a formação utilizada na estreia do grupo B – contra a Austrália. Abrindo mão das peças que fizeram parte da atuação eleita como exemplo.