Iranianos têm esperanças de classificação e estão felizes de vir ao Brasil
Vagner Magalhães
Do UOL, em Salvador
Pouco mais de uma hora antes do início da partida entre Bósnia e Irã, o fluxo de torcedores em frente à Arena Fonte Nova era pequeno. Muito diferente das três primeiras partidas disputadas no estádio, neste primeira fase da Copa do Mundo. Em sua maioria, são brasileiros que não conseguiram ingressos para outros jogos e não querem ficar sem acompanhar um jogo da Copa do Mundo no Brasil.
Entre os torcedores dos dois países, os mais confiantes são os iranianos. São pequenos grupos, normalmente formados por familiares. Um pouco tímidos, evitam falar muito, mas se mostram satisfeitos de ver o time chegar na última rodada com chance de classificação. Mais do que isso, estão felizes em estar no Brasil.
O que eles não contavam foi com a chuva que atingiu Salvador desde o início da manhã. "Salvador é uma cidade bastante bonita. Gostamos muito de estar aqui. Queremos que o Irã chegue pela primeira vez às oitavas-de-final", disse um dos torcedores, acompanhado pela mulher e pelo filho. Seu nome? "É melhor não dizer", afirmou ele, enquanto se abrigava da chuva.
Com a desclassificação da Bósnia, que perdeu as duas primeiras partidas para Argentina e Nigéria, poucos torcedores foram vistos nas imediações do estádio antes do início do jogo. O país, independente da antiga Iugoslávia em 1991, disputa a sua primeira Copa do Mundo no País.
Entre os iranianos, a possibilidade de visitar o Brasil vale mais do que o torneio de futebol em si, pelo menos é o que pensa Ardashir Mohamma. "Gostamos muito de viajar e não é sempre que se tem a chance de vir à América do Sul. É uma viagem inesquecível", diz ele, muito feliz com a visita a Salvador. "É uma cidade muito bonita, histórica. É muito agradável".