Costa Rica empata, vence grupo da morte e faz lanterna Inglaterra ouvir olé
Do UOL, em São PauloFoi tecnicamente um jogo de pouca emoção. As câmeras flagraram até torcedores lendo jornal durante a partida. O 0 a 0 entre Costa Rica e Inglaterra, que fechou o grupo D nesta terça-feira, em Belo Horizonte, pode entrar para a lista de um dos piores jogos desta Copa do Mundo. E, mais uma vez, a torcida brasileira deu seu jeitinho de se divertir e tirou sarro da eliminação dos ingleses gritando "olé".
Sorte dos costarriquenhos, que se classificam para as oitavas de final como os primeiros colocados justamente do grupo da morte da competição, com sete pontos, sem perder nenhum jogo contra três campeões do mundo. Já a Inglaterra, que teve até a torcida de seu príncipe, fica na lanterna da chave, com um só ponto. O Uruguai, que venceu a Itália por 1 a 0, é o outro classificado.
As fases do jogo: O jogo começou com Campbell quase abrindo o placar logo em seu primeiro chute. Depois disso, a Inglaterra passou a dominar as ações, e Sturridge deu trabalho, com bons chutes de fora da área. O meio de campo inglês era nitidamente superior ao da Costa Rica, que se limitava a sair em contra-ataque e apostar em Ruiz e Campbell.
No segundo tempo, a Inglaterra seguiu com vontade de não se despedir da Copa sem poder falar que venceu uma no Brasil. Pressionou bastante a Costa Rica, chegou a exigir uma ótima defesa de Navas, e não conseguiu sair do zero. Até Rooney saiu do banco para mudar o jogo. A Costa Rica se limitou a jogar nos contra-ataques.
O melhor: Barkley - Meio-campista da seleção inglesa teve função importante na marcação e conseguia parar boa parte dos contra-ataques que a Costa Rica armou, mesmo que com falta. Mais do que isso, distribuía bem o jogo quando a bola parava nos seus pés.
O pior: Campbell - Talvez pela proposta de só jogar no contra-ataque, a Costa Rica deixou um de seus principais jogadores, o atacante Campbell, bastante sem função. Com exceção do primeiro chute do jogo, não apareceu na partida.
A chave do jogo: Só no contra-ataque - A Costa Rica não quer saber de perder nesta Copa do Mundo. Diante da Inglaterra, jogou bastante fechada, com volantes fazendo falta para parar as jogadas e contando com seu goleiro quando o sistema defensivo não funcionava. Atacar? Só no contra-ataque.
O toque dos técnicos: Jorge Luis Pinto poderia poupar já que seu time está classificado. Ele preferiu manter os titulares em busca de mais uma vitória e mostrou que sua equipe dará trabalho para o próximo adversário. Já Roy Hodgson deu chance a seus reservas e deixou Lampard se despedir de uma Copa do Mundo.
Para lembrar:
Adeus (1). Lampard deve ter disputado a sua última Copa do Mundo. O meio-campo inglês já está com 36 anos e já fala em não defender mais a sua seleção na principal competição de futebol do mundo.
Adeus (2). Steven Gerrard também deve ter feito seu último jogo em uma Copa do Mundo. Com 34 anos, ele dificilmente estará em condições de defender a Inglaterra na Rússia-2018.
Presença de luxo. O príncipe Harry marcou presença nas tribunas do estádio do Mineirão. De lá, assistiu à eliminada seleção inglesa. De longe, também pode ter visto faixas de moças pedindo para casar com ele.
COSTA RICA 0 X 0 INGLATERRA
Costa Rica: Navas; Miller, Duarte; González; Gamboa, Tejeda, Brenes (Bolaños), Borges, Diaz; Byan Ruiz, Joel Campbell.
Técnico: Jorge Luis Pinto.
Inglaterra: Ben Foster; Smalling, Phil Jones, Cahill, Shaw; Lampard, Wilshere (Gerrard); Milner (Rooney), Barkley, Lallana (Sterling); Sturridge.
Técnico: Roy Hodgson
Cartões amarelos: Barkley e Lallana (ING) González (COS)