Sul-coreanos andam em bando e usam tradutor online para se virar no Brasil
Marinho Saldanha
Do UOL, em Porto Alegre
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Marinho Saldanha/UOL
Kim Chong, jornalista de TV sul-coreana, usa o tradutor do google para tentar comunicação
A vida dos jornalistas sul-coreanos não é fácil no Brasil. Sem encontrar muitas pessoas falando inglês, os asiáticos andam sempre juntos e para dizer coisas simples empunham um celular e fazem duas traduções. Através de um aplicativo, traduzem do coreano para o inglês e depois para o português e tentam falar.
"Poucos falam inglês, é verdade, mas usamos o tradutor do Google de coreano para inglês e inglês para português para conseguir nos comunicar. As pessoas têm ajudado sempre", disse Kim Chong da Ulsan TV.
Mas nem sempre a comunicação é fácil. Para comer, pegar um táxi ou simplesmente pedir informações, os visitantes que não dominam totalmente o inglês se sentem constrangidos.
"É desconfortável. Muitos não falam inglês e para um visitante o português é muito difícil. Acaba sendo desconfortável", reclamou Lee Jeongseok do diário Dong-a. "Eu tento falar inglês, mas as pessoas não compreendem", completou.
Na avaliação dos sul-coreanos, o país, de modo geral, tem agradado. As obras nos estádios ainda geram algumas reclamações, mas a segurança surpreendeu.
"Antes de vir para o Brasil ouvi muitas histórias de roubo e sobre o país não ser seguro. Mas vi o contrário. As pessoas são educadas e o país é muito bom. Me sinto totalmente seguro. O único problema é que os estádios ainda não estão totalmente prontos", afirmou Kim.
"Eu estive em muitos lugares do mundo. Aqui as cidades são bonitas e as pessoas receptivas. Estive na Suécia, nos Estados Unidos, mas as pessoas são muito educadas aqui", opinou Lee.
Neste domingo, a Coreia do Sul pega Argélia pela segunda rodada do grupo H da Copa do Mundo. E na avaliação dos asiáticos, a vitória é uma obrigação. "Se queremos passar, temos que vencer", finalizou Kim.