Franceses juntam "time" montado em 1992 para ver a Copa em Salvador

Vagner Magalhães

Do UOL, em Salvador

20/06/201413h25

Desde que cursaram administração em 1992, na fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, um grupo formado por dois brasileiros e sete franceses manteve sempre o contato. Os brasileiros foram para a França e os franceses vieram ao Brasil algumas vezes. Com a Copa do Mundo no país, eles elegeram Salvador para mais um encontro. E aqui, o time, com direito a camisetas personalizadas, vai acompanhar a partida entre Suíça e França, nesta tarde, na Arena Fonte Nova.

O time vem desfalcado de seu número 1, o francês Bertrand, que morreu em um acidente no ano passado. O advogado Maurício Faragone, 43, explica que a Copa do Mundo é um evento ideal para manter a longa amizade.

Ele e o também amigo brasileiro Luiz Henrique Tupinambá, 45, administrador de empresas, vieram de São Paulo para se encontrar com os franceses em Salvador. A escolha da cidade se deu pelas belezas naturais, clima ameno e até pela proximidade com a Europa.

"Pelo tempo que teremos nesta Copa, dava para acompanhar apenas um jogo. E escolhemos Salvador porque era mais tranquilo para nós e uma cidade agradável para eles", diz Faragone.

Ele conta que nesse tempo, o grupo nunca perdeu contato. "Já fomos até em casamento na França. Também estivemos na Copa de 1998, vencida por eles", lembra. Entre os franceses há moradores de Nice, Bordeaux e dos arredores de Paris. Dois deles moram em Oslo, capital norueguesa.

Luiz Henrique diz que a Copa do Mundo no Brasil está melhor do que se podia imaginar. "A organização está boa e o nível dos jogos também tem agradado. Para quem vem nos visitar, não há do que reclamar", diz.

Entre os franceses, o clima era de total descontração. A partida contra a Suíça é interessante para eles, também por conta da rivalidade regional, já que os dois países são vizinhos. Para a partida desta sexta-feira, os suíços são maioria na capital baiana.

O grupo embarcou em Lisboa, direto para Salvador. E o calor da Bahia foi preponderante para a escolha. "A Europa está acabando de sair do inverno e o pessoal queria um pouco de sol", diverte-se Faragone.