Atentado e chance de colocar sorriso no rosto ao país movem Nigéria na Copa
Guilherme Costa
Do UOL, em Cuiabá (MT)
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Stephen Keshi, técnico da Nigéria
No dia 18 de junho, enquanto Brasil e México jogavam pela segunda rodada da Copa de 2014, a Nigéria parou de pensar em futebol. Uma explosão em Damaturu, no norte do país africano, deixou 21 mortos e 27 feridos. No próximo sábado, atentado terrorista e esporte farão parte de um mesmo ambiente. Quando o Super Eagles jogarem contra a Bósnia pelo Mundial, em Cuiabá, às 19h (de Brasília), toda a história recente terá ressonância.
"As coisas foram difíceis depois da bomba. Nossos sentimentos estão com essas pessoas. Vamos dar o máximo para tentar colocar um sorriso no rosto dos nigerianos", disse o técnico da seleção africana, Stephen Keshi, em entrevista coletiva.
A Nigéria ainda não venceu na Copa de 2014. No primeiro jogo, contra o Irã, em 16 de junho, os africanos não foram além de um empate sem gols. "A última partida não foi boa. Os gols não vieram. Houve um pouco de ansiedade e de frustração", admitiu Keshi.
O técnico também reconheceu que a frustração nacional pelo empate foi sobrepujada pela tristeza que acometeu o país depois do atentado: "Pessoas morreram sem necessidade, e isso não é legal".
Contudo, Keshi evitou comparações entre os dois primeiros jogos da Nigéria na Copa. "Amanhã [sábado] será uma história diferente, contra uma equipe diferente, que tem uma mentalidade diferente", concluiu.