Felipão repete "marcação" em 4º árbitro, mas fica mais calmo que na estreia

Paulo Passos

Do UOL, em Fortaleza

Comparado com seu rival, Luiz Felipe Scolari parecia até calmo. Claro, não faltaram gritos, bufadas e , principalmente, reclamações com o quarto árbitro, mas o técnico esteve menos pilhado à beira do gramado do Castelão, no empate com o México, que na estreia da seleção, na vitória sobre a Croácia, por 3 a 1. A comparação com Miguel Herrera, que estava ao seu lado, na área técnica dos mexicanos, também ajuda a dar essa impressão.

De terno e gravada verde, o rival do Brasil quase invadia o campo a cada reclamação com o árbitro. Num lance no primeiro tempo, em que implorava por um cartão amarelo, Herrera deu um pulo, seguido de um chute no ar, tentando imitar o lance que viu.

O mexicano não sentava em nenhum momento. Nos chutes ao gol do seu time, a performance era mais exagerada ainda. Ele colocava as mãos no rosto, abria a boca e, sempre, jogava a cabeça para trás boa aberta e movimento de cabeça para trás.

Já Felipão quase não reagia nos lances de ataque do Brasil. Quando o time errava, abria os braços, virava para o banco e se queixava. Uma bola perdida por Daniel Alves, ainda no primeiro tempo, originou o momento de maior fúria do técnico com um dos seus jogadores. Ao ver o erro, virou para o banco e jogou a garrafa de água que carregava no chão com raiva.

Assim como na estreia, Felipão não poupou o quarto árbitro da partida, o norueguês Svein Moen. A primeira bronca foi aos 16 minutos de jogo, quando Neymar foi derrubado com falta. Aos berros, o técnico pediu cartão. No primeiro tempo tiveram mais duas reclamações. Mas foi na volta do intervalo que Scolari ficou mais irritado.

"Ah, vai pro inferno", gritou para Moen, após o árbitro, o turco Cuneyt Cakir, marcar falta de Paulinho.

Após sentar e se levantar pelo menos sete vezes no primeiro tempo, Felipão abandonou o banco na segunda etapa. Passou a maior parte do tempo de pé, à beira do campo, em cima da linha que limita a área técnica. Repetia com frequência o movimento de tirar a mão dos bolsos e abrir os braços a cada erro dos seus jogadores. Às vezes, coçava a cabeça.

O que não conseguiu foi esconder a decepção com a atuação do time. Com ele no comando, a seleção tinha vencido todas as partidas em torneios oficiais. Foram seis vitórias deste time, cinco na Copa das Confederações no ano passado e uma no Mundial, o 3 a 1 sobre a Croácia. Em 2002, o técnico também viu sua equipe ganhar todas as partidas no torneio disputado na Coreia e no Japão.   

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