Está bom ou não? Saiba o que funcionou e o que falhou nos estádios da Copa

Do UOL, em São Paulo

17/06/201406h00

Com jogos de sete dos oito grupos da Copa do Mundo encerrados, todos os estádios brasileiros destinados à competição já foram testados. Os palcos do Mundial não apresentaram, aparentemente, nenhum problema grave, mas torcedores e repórteres relataram alguma falhas .

O UOL Esporte resolveu listar o que deu certo e o que deu errado na estreia dos estádios na Copa do Mundo. Confira:

Arena Amazônia

O que deu certo
Os banheiros foram elogiados e a limpeza da parte interna do estádio também. O alto número de policiais permitiu que todos se sentissem seguros e a barreira montada impediu a presença de penetras. Na hora de entrar na Arena Amazônia houve fila, mas o tempo para chegar às catracas foi curto Foto: Portal da Copa
O que deu errado
A Arena apresentou problemas, sendo a fila nas lanchonetes o pior deles. Centenas de pessoas perderam o gol decisivo de Itália x Inglaterra porque ainda não haviam sido atendidas. A desinformação dos voluntários e a falta de orientações em língua estrangeira chamou a atenção. Pessoas sentadas nas escadas ou em pé no corredor atrapalharam quem queria ver o jogo. O sinal de celular deixou a desejar. Foto: Portal da Copa

Ótimo e o atendimento foi muito bom. Mas a menina não tinha troco Marcelo José di Domizio, 44 anos, empresário

Beira-Rio

O que deu certo
O transporte para o Beira-Rio foi o que aconteceu de melhor na primeira partida da Copa em Porto Alegre. Com trânsito leve por se tratar de um domingo, os bloqueios foram respeitados e não geraram engarrafamento. A maioria das pessoas utilizou os ônibus com mais de 30 linhas. Não houve confusão ou atraso. O trabalho dos voluntários também recebeu elogio, que rapidamente encontraram seus lugares. Foto: Marinho Saldanha/UOL
O que deu errado
O sinal de internet e telefonia móvel deixou a desejar. Em muitos casos, os celulares não funcionaram ou tiveram velocidade reduzida. Além disso, nove catracas de entrada não foram abertas, o que gerou filas muito grandes do lado de fora do estádio. Antes da bola rolar, uma falha no sistema de som impediu a execução de hinos nacionais, músicas oficiais da Fifa e informações durante o jogo. Foto: Marinho Saldanha/UOL

Os voluntários foram super simpáticos e solícitos Cristina de Oliveira Carvalho

Arena da Baixada

O que deu certo
A estreia da Arena da Baixada teve como ponto alto o esquema especial de transporte público criado para a Copa. As linhas criadas e os desvios funcionaram bem para levar torcedores até o estádio. Além disso, foram muitos elogios à sinalização dos voluntários, que compensou o erro no Guia do Torcedor, que trocou as posições da Rua Brasílio Itiberê e da Avenida Getúlio Vargas no mapa Foto: Arquivo Pessoal
O que deu errado
A 15 minutos do início do jogo ainda havia muitos torcedores do lado de fora. Boa parte dos que tentaram usar banheiros ou comprar comida e bebida durante o intervalo perderam o início do 2º tempo. O estádio, entregue às pressas, apresentou muita sujeira de obras. Torcedores do Irã também reclamaram que nem todos os voluntários do estádio na estreia conseguiam se comunicar em inglês. Foto: EFE/EPA/CJ GUNTHER

Tudo bem, confortável, mas com muita poeira Rafael Taques, 18 anos

Castelão

O que deu certo
A limpeza dos banheiros e arredores foi um dos pontos mais elogiados do público presente na Arena Castelão, assim como a disposição dos voluntários em querer ajudar. Embora haja críticas pela falta de conhecimento e informação dos voluntários, os torcedores aprovaram o esforço em querer ajudar. Foto: AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON
O que deu errado
O sinal 3G dentro do estádio e em muitos pontos da cidade ainda é instável. Os torcedores reclamam do longo trecho que precisam andar até chegar ao estádio. Alguns pontos têm mais de 3 km, e com o calor de 34º ajudou a deixar o torcedor mais impaciente. Foto: EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO

Vimos pouca sujeira perto dos bares, apenas, mas muito pouco e só ali. Os banheiros, por exemplo, estavam bem limpos Fabiola Coelho, 31 anos

Arena das Dunas

O que deu certo
De um modo geral, a arena foi aprovada em todos os quesitos, seja por torcedor brasileiro ou pelos estrangeiros. Acesso fácil ao estádio, limpeza e segurança receberam os principais elogios; o cardápio das lanchonetes também foi aprovada. Foto: EFE/EPA/MARIUS BECKER
O que deu errado
Alguns torcedores se queixaram do sinal de celular, que apresentou instabilidade. Falta de mais postos de venda de cerveja também foram cobrados por torcedores Foto: AP Photo/Dolores Ochoa

A segurança está sendo boa, muitos policiais Wesley Matias

Arena Fonte Nova

O que deu certo
A Arena Fonte Nova sediou dois dos principais jogos do Mundial: Espanha x Holanda e Alemanha x Portugal. O estádio esteve lotado nas duas partidas e o público elogiou as instalações. Por estar em uma região central da cidade, o deslocamento dos torcedores teve poucos problemas. Em dias de trânsito pesado - sexta e segunda - as linhas de ônibus disponíveis e os táxis deram conta do recado. Foto: EFE/EPA/GUILLAUME HORCAJUELO
O que deu errado
Na entrada do estádio, longas filas se formaram nas duas partidas, e andaram lentamente. No jogo entre Holanda e Espanha, muita gente entrou com a bola rolando. Neste mesmo jogo, os bares, por falta de troco, demoraram a abrir. Na segunda-feira, os dois problemas foram amenizados, com organização mais apurada. Foto: Ulisses Dumas/Agência Bapress

A questão de segurança está bem tranquila. Como sou de Salvador, já vim previnido. Sem ostentar nada Paulo Rosa, 57, advogado

Itaquerão

O que deu certo
O estádio do pontapé inicial do Mundial não teve tantos pontos positivos, mas se destacou na questão da acessibilidade. Além do bom funcionamento do "Expresso da Copa", as catracas de entrada funcionaram bem. Poucas filas foram verificadas e o acesso foi elogiado por torcedores. Foto: Ricardo Ribeiro/VIPCOMM
O que deu errado
No Itaquerão, palco da estreia do Brasil na Copa, os pontos negativos foram vários. Os problemas começaram na véspera, com a internet instável no centro de mídia e nas áreas comuns. Nos bares, as bebidas não estavam geladas e, em pouco tempo, as comidas acabaram, deixando os torcedores ainda mais irritados. Com a bola rolando, os refletores se apagaram Foto: Divulgação/Odebrecht

Eu achei fácil meu lugar, mas alguns voluntários nao falavam inglês Andrew Hanning, 34 anos, inglês

Mané Garrincha

O que deu certo
O Mané Garrincha passou no 1º teste da Copa e a partida transcorreu sem maiores problemas. O gramado está bom, bares estavam abastecidos e opções de comida e bebida não acabaram no intervalo. Os banheiros estavam limpos e os voluntários eram bem treinados. O sinal de celular dividiu opiniões: teve torcedor que usou a internet sem problemas, enquanto outros reclamaram. Foto: Joel Rodrigues/Folhapress
O que deu errado
Grandes filas se formaram de última hora nos detectores de metais na entrada do estádio para o jogo entre Suíça e Equador. Muitos torcedores perderam ao menos parte do 1º tempo antes de conseguir chegar nas arquibancadas. A Fifa admitiu lentidão nos detectores de metais, mas afirma que, uma hora antes do jogo, apenas 20% dos torcedores não tinham chegado à arena Foto: Joel Rodrigues/Folhapress

O sinal do celular ficou muito ruim: fui enviar uma foto nossa para a minha esposa e levou quase o primeiro tempo inteiro para ir Max Ochoa, 34 anos, equatoriano

Maracanã

O que deu certo
O transporte e o conforto para o público foram os pontos altos. Torcedores puderam chegar ao estádio desembarcando em três estações de trem e metrô. Como a oferta de transporte público foi adequada, quase não houve engarrafamento. Dentro do estádio, todos os torcedores assistiram à Argentina x Bósnia de forma confortável. Foto: Julio Cesar Guimaraes/UOL
O que deu errado
As lanchonetes foram as grandes vilãs. Muitos disseram que simplesmente não havia comida nos bares. A fila para comprar bebidas também irritou torcedores. Houve reclamações sobre o sinal de internet e telefonia móvel. Com tantos argentinos e brasileiros juntos, sobraram provocações e houve o princípio de uma briga. Os seguranças não conseguiram separar e tiveram que acionar a PM. Foto: Julio Cesar Guimaraes/UOL

Não senti tão seguro. Houve muito provocações entre brasileiros e argentinos. A segurança deveria estar mais espalhada. Tanto é que houve briga. Javier Bolmaro

Mineirão

O que deu certo
No Mineirão a boa notícia ficou por conta da internet e dos acessos da torcida ao estádio. Com sinal razoável, os smartphones puderam despejar fotos pela rede sem maiores problemas. O acesso dos torcedores ao interior do estádio também foi normal. A revista e os perímetros estabelecidos pela Fifa funcionaram. Foto: Xinhua
O que deu errado
O lado negativo do primeiro jogo da Copa em Belo Horizonte foi o trânsito. Pesado, ele ainda teve conflito de informações e exigiu cerca de 1h de paciência. O que também não agradou foi a disposição dos bares e as filas no intervalo para compra de bebida e comida. Furtos foram registrados antes mesmo da bola rolar. Cinco peruanos foram presos do lado de fora do estádio por este motivo. Foto: AFP PHOTO / ADRIAN DENNIS

O celular funcionou. Mas não tinha internet. Leonardo Ospina

Arena Pantanal

O que deu certo
O estádio é funcional, bem localizado e de fácil acesso. Aspectos como o deslocamento do público, entrada e saída e sinal de telefonia móvel funcionaram bem, mas o ponto alto foi o clima: da festa feita por chilenos e australianos à receptividade de funcionários e voluntários, foi impossível não sentir que a Arena Pantanal estava em festa. Foto: Guilherme Costa/UOL
O que deu errado
O primeiro jogo de Copa do Mundo na Arena Pantanal podia ter sido marcado apenas pela festa, mas também teve longas filas em bares e lanchonetes, violação do perímetro de restrição da Fifa, torcedores revendendo ingressos no entorno do estádio e fogos de artifício no interior dele. O COL (Comitê Organizador Local) classificou o episódio dos rojões como "inadmissível". Foto: Marcos Lopes/Hipernotícias

Meu lugar estava lá, certinho. Não tive problema. Eu, minha esposa e minha filha chegamos bem Carlos de Lima

Arena Pernambuco

O que deu certo
Na Arena Pernambuco, o esquema de mobilidade para chegada ao estádio funcionou bem, sem maiores queixas. Não houve registro de grande trânsito no entorno do estádio, como na Copa das Confederações. O esquema de segurança também foi elogiado, sem registro de furtos ou roubos. Foto: REUTERS/Paulo Whitaker
O que deu errado
Já no estádio foram vistas algumas falhas, a começar pela desinformação dos voluntários. Muitas máquinas de raio-x estavam sem funcionar, o que atrasou a entrada de muitos torcedores. As lanchonetes também registraram falta de comida antes mesmo do intervalo da primeira partida. Além disso, houve falha de segurança, já que torcedores da Costa do Marfim entraram com instrumentos musicais. Foto: AFP PHOTO/ ISSOUF SANOGO