Antonio Valencia é conhecido por ser, segundo a Fifa, o jogador mais rápido do mundo. Mas o meia equatoriano que defende o Manchester United não fez questão alguma de correr da torcida na recepção que o município de Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre, montou para seleção do Equador. Pelo contrário, o atleta foi o único a quebrar o protocolo, escapar da segurança e atender os torcedores brasileiros presentes.

Após receber a chave simbólica da cidade e dizer breves palavras aos mais de 5 mil locais que recepcionaram a seleção equatoriana na noite de segunda-feira, Valencia deixava o palco montado na Praça Matriz, no centro de Viamão, quando foi abordado por gritos de alguns jovens.

"Valencia, Valencia, autógrafo, foto... Venha aqui...", bradavam os gaúchos.

Percebendo o anseio dos meninos, Valencia, que estava rodeado por seguranças e deveria seguir o caminho até o ônibus que levaria a delegação para o hotel onde ficarão hospedados, preferiu quebrar o protocolo. Sem dizer palavra alguma, se esquivou dos seguranças e foi até o povo.

Ali sorriu, autografou camisas do Brasil, do Inter, do Grêmio, do Equador, bandeiras, tudo que fosse apresentado. Posou para fotos, tentou trocar umas palavras com os brasileiros, mas na comunicação não teve o mesmo sucesso que tem com a bola nos pés. O ato foi maior do que qualquer palavra.

Nenhum dos demais jogadores equatorianos repetiu a ação. No máximo agradeceram de longe o carinho demonstrado pelos brasileiros. Enquanto o mais badalado dos atletas de 'La Tri' atendeu a todos como se não tivesse encarado uma viagem que, no total, durou 9 horas de voo e mais 1h30 de ônibus.

O primeiro treinamento do Equador no Brasil ocorre nesta terça-feira, no Hotel Vila Ventura, que também servirá de sede para seleção. No grupo E do Mundial, eles estreiam contra Suíça, domingo, em Brasília. Depois terão ainda pela frente Honduras e França na primeira fase da Copa.