Alvos em 2013 se blindam em BH e esperam até 40% de prejuízo na Copa
Jeremias Wernek
Do UOL, em Belo Horizonte
As concessionárias de veículos espalhadas pela Avenida Antônio Carlos, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, investiram em proteção para Copa do Mundo. Depois de se tornaram os principais alvos durante os protestos do ano passado, durante a Copa das Confederações, as revendas ergueram blindagens diante de suas vitrines.
Folhas de zinco, andaimes, grades, pedaços de container e arame farpado foram instalados pelos comerciantes. E a previsão da categoria é acumular até 40% de prejuízo durante o Mundial. Isto sem contar eventuais danos ao patrimônio.
"Quando você fecha a frente da loja o pessoal passa e acha que você não está funcionando. As lojas lá da Pampulha vão ser prejudicadas, tem bloqueio da Avenida nos dias de jogos. O temor do consumidor e as fachadas bloqueadas", conta Camilo Lucian, vice-presidente do SINCODIV, Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais.
O cálculo do sindicato leva em conta os dias trabalhados. Na projeção, o calendário passará das usuais 20 datas para 12. E aí a estimativa de prejuízo chega até os 40%.
Em 2013, a Avenida Antônio Carlos se tornou palco de protestos em Belo Horizonte. E de acordo com a CDL, Câmara dos Dirigentes Lojistas, 17 estabelecimentos foram danificados. Entre os atos estiveram depredação, saque e até incêndio.
Em diversas revendas é possível observar apenas a porta liberada, sem proteção. E uma faixa com dizeres comunicando que o estabelecimento segue funcionando. Algo que não acontecerá nas seis datas em que o Mineirão será palco da Copa.
"Não vamos expor os nossos colaboradores. Estaremos fechados e os funcionários não irão trabalhar", revela Lucian. "Vamos contratar seguranças e deixá-los no interior das lojas. Além de retirar os veículos do show room", completa.
Além das revendas de automóveis, postos de gasolina e agências bancárias também reforçaram a segurança ao longo da Avenida Antônio Carlos. Em uma esquina, o local de abastecimento revestiu até as bombas de combustível com folhas de compensado.
Segundo os funcionários, a proteção nas bombas e a parede metálica que circunda todo o posto – deixando apenas as entradas e saídas livres no horário comercial, foi instalado na semana passada.