Para Austrália, os primeiros 20 minutos vão decidir a Copa inteira

Felipe Pereira

Do UOL, em Vitória (ES)

  • AFP PHOTO/William WEST

    No Grupo B, a Austrália estreia na Copa do dia 13 de junho contra o Chile

    No Grupo B, a Austrália estreia na Copa do dia 13 de junho contra o Chile

A parte mais importante da Copa do Mundo para a Austrália serão os primeiros 20 minutos da partida de estreia contra o Chile. Neste tempo o time precisa impor a estratégia de jogo e assim ganhar a confiança necessária para disputar a competição afirma Kyle Patterson, diretor da Federação Australiana de Futebol.

Ele reconhece que a seleção do país não tem expressão no esporte e sabe a dificuldade que é estar num grupo que também tem os finalistas da última Copa, Espanha e Holanda. Além disto, a partida contra o Chile é me Cuiabá, a sede mais próxima do país sul-americano.

Mas o desafio agrada o dirigente que dize ser parte da cultura dos australianos gostar de uma boa briga. "Olho pelo lado positivo e se ganharmos seremos lendas", fala otimista. Para conseguir um lugar na história do futebol do país o dirigente conta que o plano de jogo inclui roubar a bola perto da área adversária. " Temos jogadores rápidos e jovens que não praticam a retranca. Se puderem, jogarão no campo do adversário. A melhor maneira de parar a Espanha é marcar adiantado".

Também ajuda a pouca pressão que os atletas enfrentam. O técnico assumiu há oito meses com a missão de reformular o time apostando em jovens. O objetivo é ter uma equipe forte para a Copa da Ásia, que ocorre em janeiro do ano que vem na Austrália, e no Mundial na Rússia.

E Patterson promete algo raro no futebol brasileiro, estabilidade ao treinador. Ange Postecoglou assinou um contrato de cinco anos e que expira depois do Mundial de 2018. "Os resultados sempre importam, mas estamos trabalhando em longo prazo", explica o dirigente.

Ele espera que a geração de jogadores que ingressa na seleção colha os frutos da mudança da Austrália para a Confederação de Futebol da Ásia. A alteração ocorreu em 2006 e foi bem recebida porque o time passou a ser mais exigido. "Adoramos estar na Ásia. Foi a melhor coisa que aconteceu na história do futebol australiano porque jogamos contra Japão, Coreia do Sul, China, Arábia Saudita e Irã. Na Oceania não havia futuro porque enfrentávamos pequena ilhas como Fiji".

A expectativa de vitória é para o futuro, mas se o sucesso vier na Copa no Brasil ele será muito bem-vindo pelos australiano. Patterson diz que seria bom passar mais tempo em Vitória, cidade que lembra a Austrália pela presença constante do sol e a proximidade do mar. 

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