Ambev diz não influenciar na retirada dos assentos provisórios no Itaquerão
Danilo Lavieri
Do UOL, em São Paulo
A Ambev disse que não teve nenhuma influência na decisão do Corinthians de retirar as arquibancadas provisórias do Itaquerão após a disputa da Copa do Mundo. Recentemente, o ex-presidente do time paulista e homem forte do estádio, Andrés Sanchez, disse que desistiu da ideia de continuar com a estrutura.
De acordo com Marcel Marcondes, membro da diretoria de marketing da Ambev, a parceria foi estabelecida diretamente com o Governo do Estado de São Paulo e não teve a influência do Corinthians, tampouco da Fifa ou da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
"Esse foi um processo feito junto com o Governo do Estado, nada com a Fifa, com o Corinthians ou com CBF. Foi uma contribuição da empresa para viabilizar a arquibancada. Nós nem somos donos da estrutura. É algo feito para subir antes da Copa e ser desmontado logo depois", afirmou ele.
A Fast Engenharia, empresa contratada para montar e desmontar os lugares provisórios, também afirmou via assessoria que o pacote contratado já previa que a estrutura não seguisse no local após a Copa.
COPA PARA TODOS
Além de ter ajudado na montagem das estruturas, a ideia da Ambev, por meio da Brahma, é promover diversas festas por cidades que não serão sedes da Copa do Mundo. O anúncio foi confirmado no fim da última semana e já é veiculado em campanhas publicitárias que teve direito até a compra dos direitos da música "Por Enquanto", de Renato Russo. A ideia é falar que o futebol está de volta para casa.
"Sabemos que apenas 20% da população brasileira está em uma cidade-sede, é por isso que vamos levar a Copa para todos. Assumimos o papel de levar a Copa para todo mundo e temos a sensação de estar contribuindo com todo mundo", disse Marcel.
Com a ação, ele espera, inclusive, minimizar os eventuais problemas que a marca poderá ter com protestos que podem acontecer contra a Copa do Mundo.
"Já fomos poucos atacados durante as Confederações. Para não dizer que foi nada, foi quase nada. A companhia, como um todo, sabe que contribui gerando emprego, pagando impostos e, agora, trazendo a festa. Claro que monitoramos as manifestações, mas mais para problemas de logística do que por problemas com a marca", finalizou.