Comentarista da TV Globo durante a Copa-2014, o ex-jogador Roberto Carlos não está preocupado com o clima de festa em torno da seleção na Granja Comary, onde televisões tem passado ao vivo treinos e há apresentadores e artistas. Ele lembrou que, no Mundial-2002, o técnico Luiz Felipe Scolari dava bastante liberdade para os atletas e o time foi campeão mundial.

"Aqui no Brasil só falam quando perde. Naquela época, o Felipão dava bastante liberdade para nós. Tenho certeza de que lá dentro eles estão com bastante foco", contou. "Weggis (Copa-2006) era aquela várzea", acrescentou, para depois minimizar os problemas na preparação na Suíça.  "Era mais o lance dos torcedores que tinha muito contato. Porque entre nós, só saímos uma vez e foi aquela coisa."

Na sua opinião, a seleção atual tem grandes chances de ganhar o Mundial. Lembrou que adversários fortes como a Alemanha não têm jogado bem nas últimas partidas. E torce para o Brasil não sofra com contusões como tem ocorrido com outras seleções.

Durante a Copa, Roberto Carlos vai seguir outras seleções como comentarista da TV Globo, sem atuar em partidas da seleção brasileira. "Vou ser menos polêmico", brincou. Nesta sexta-feira, no entanto, ele se encaminhava para o Morumbi onde trabalharia no amistoso do Brasil contra a Sérvia.

Depois do Mundial, pretende voltar para a sua carreira de técnico - dirigia o Sivasspor, da Turquia, até o final deste semestre. Sua equipe foi classificada para a Liga da Europa. Mas ele não deve ficar no país. Estuda possibilidades de empregos em times da Itália e dos Emirados Arabes. "Tem que começar com times médios para depois tentar ir para cima", observou.