Pepe lamenta reserva e tratamento de água quente e gelo em Copa do Mundo

Do UOL, em Santos (SP)

  • Folhapress

    Pepe com a camisa da seleção brasileira. Ele conquistou os títulos mundiais de 58 e 62

    Pepe com a camisa da seleção brasileira. Ele conquistou os títulos mundiais de 58 e 62

O ex-atacante de Santos e seleção brasileiro, Pepe, já entrou no clima de Copa do Mundo. O canhão da Vila, como é conhecido até hoje, recordou que ficou de fora da equipe titular da seleção brasileira nas conquistas dos mundiais da Suécia, em 1958, e Chile, em 1962, por causa de lesão.

Pepe lamenta que, naquela época, o tratamento contra lesões era realizado apenas água quente e gelo. O ex-camisa 11, inclusive, lembra que chegou ao Brasil com queimadura de terceiro grau por causa do tratamento convencional.

"Naquela época era água quente e gelo e mais nada. Para você ter uma ideia, eu cheguei aqui no Brasil na volta com queimadura de terceiro grau de tanta água quente", afirmou Pepe, que em 62, perdeu espaço com o técnico Aimoré Moreira por causa de lesão novamente.

 "Eu fiquei na expectativa de ser o titular dessa Copa. Até que aconteceu o amistoso com o País de Gales e, infelizmente, torci o joelho no Maracanã", completou.

Pepe também lamentou a perda do Mundial 50 para o Uruguai. Na ocasião, ele era apenas torcedor, tinha 15 anos, e recorda que disputava uma "pelada" em um terreno quando ficou sabendo do título uruguaio no Maracanã.

"Eu era Guri, ia fazer 15 anos ainda e o Brasil disputou a Copa aqui mesmo, em 1950. Quando terminou, o sentimento foi único: todo mundo ficou muito triste", comentou.

O segundo maior artilheiro alvinegro, com 405 gols, tinha apenas 21 anos nesta data. Ao contrário do que muitos imaginam, Pepe revelou estreia tranquila.

Segundo maior artilheiro da história do Santos, com 405 gols, Pepe recorda que tinha 21 anos quando estreou com a camisa da seleção brasileira. O ex-atacante cita que, apesar do jogo ser contra a Argentina em estádio lotado, ele "passeou" em cima do lateral rival e fez uma estreia tranquila.

"Não me assustou não! Era um Brasil e Argentina num estádio lotado, mas eu senti que estava preparado. E depois do jogo eu fui muito comentado. Eram comentários bons, de que eu tinha jogado muito bem, que eu tinha dado um passeio no lateral da Argentina que se chamava Jimenez," lembrou.

O Santos criou uma série SeleSantos em seu site oficial, onde traz entrevistas exclusivas com os jogadores que passaram pelo clube e vestiram a camisa da seleção brasileira.

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