O lateral da seleção brasileira de 1974, Marinho Chagas, deu sinais de que alguma coisa estava errada muito antes de passar mal e morrer, aos 62 anos. Na manhã de sábado, ele acordou indisposto no hotel em que repousava e foi levado ao médico para uma consulta. Em seguida, ele melhorou e foi para um evento de trocas de figurinhas em uma banca de jornal no centro de João Pessoa, na Paraíba.

Em contato com o UOL Esporte, o gerente Adeilson, da Banca Viña del Mar, explicou como tudo aconteceu e revelou que Chagas foi contratado para dar um dia de autógrafos aos fãs e também para conversar e impulsionar a troca dos cromos.

"Ele acordou com mal estar no hotel que ele estava, antes mesmo de ir para o evento. Logo que soubemos já levamos ele ao médico, ele se consultou e tudo. Depois, logo quando chegou aqui na banca, ele se sentiu mal de novo e nós oferecemos água e suco. Ele tomou o suco, e 5 minuto após a sua chegada ficou complicado. Primeiro, ele sentiu um mal estar, mas depois percebemos que era grave e ele começou vomitar, começou a jorrar sangue. Foi aquele transtorno e levamos ele imediatamente para o pronto-socorro", relatou Adeilson.

O gerente da banca também explicou que entraram em contato com o Samu e receberam instruções do corpo de bombeiro sobre como agir no caso. "É permitido fazer esse primeiro socorro, fomos orientados pelos bombeiros e tinha um pessoal de um shopping ali próximo que também ajudou. Nós achamos melhor levar ele no carro particular porque seria mais rápido. O proprietário da banca pessoalmente o levou e já chamou um médico de plantão para ver o Marinho".

Mais tarde, como o caso do ex-lateral inspirava mais cuidado, ele foi transferido para o Hospital Estadual de Emergência e Trauma de João Pessoa.

Adeilson disse que havia aproximadamente 100 pessoas no evento. De acordo com informações da assessoria de imprensa do hospital, ele morreu por volta das 3h da manhã.

Recentemente, ele foi internado com problemas de alcoolismo e chegou a passar dez dias no hospital para se recuperar, como conta o site Que Fim Levou, de Milton Neves.