Contra a Copa, manifestantes queimam bandeiras do Brasil em SP
Vagner MagalhãesDo UOL, em São Paulo
Os cerca de 250 manifestantes que percorreram as ruas da região central de São Paulo na tarde deste sábado - no 8º ato Não vai ter Copa - queimaram duas bandeiras nacionais, dois álbuns de figurinhas, gritaram palavras de ordem contra a Fifa, contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), a presidente da República Dilma Rousseff (PT), e contra a Polícia Militar. Não foi registrado nenhum distúrbio e também não houve registro de prisões.
Os manifestantes saíram da praça da Sé, percorreram a avenida Liberdade, rua Vergueiro, avenida Bernardino de Campos, até encerrar o ato na praça do ciclista, na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação. No local foram queimadas as bandeiras e os álbuns de figurinhas.
De acordo com o tenente-coronel José Eduardo Bexiga, que comandou o policiamento - com cerca de 400 homens - a ausência de ocorrências se deu porque foi uma manifestação legítima. "Hoje correu tudo bem. Os manifestantes estão de parabéns. Todos têm o livre direito à manifestação, desde que dentro da lei", disse.
O momento mais curioso foi quando já na avenida Paulista, a manifestação cruzou com uma limousine cheia de adolescentes. Houve hostilidade verbal, mas não passou disso.
Com escudos plásticos improvisados e máscaras, por várias vezes o grupo que protestava ficou frente a frente com os policiais. Os escudos, cada um com uma letra, formavam a frase "Fifa go home" (Fifa, volte para casa).
Ao final do protesto, o grupo leu um manifesto, contra a repressão policial. Os manifestantes garantiram que não pretendem deixar as ruas durante a Copa do Mundo de Futebol, que começa no próximo dia 12 de junho com a partida entre Brasil e Croácia, em Itaquera.