Jornalistas gringos dão 10 dicas para quem vem ao Brasil
Vanessa Ruiz
Do UOL, em São Paulo
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Arte/UOL
Taylor Barnes, James Young, Lourdes Garcia-Navarro e Vincent Bevins são correspondentes estrangeiros no Brasil
Logo mais, começa a chegar ao Brasil a massa de turistas estrangeiros atraídos pelo maior evento futebolístico do mundo. Como qualquer país, o Brasil tem as suas peculiaridades e é natural que muitos queiram saber "como eles nos vêm" ou "o que pensam de nós".
Para aplacar um pouco desta curiosidade, o UOL Esporte conversou com quatro correspondentes que já vivem há um tempo no país, dois homens e duas mulheres, para saber quais seriam suas recomendações para o estrangeiro que chegar ao Brasil.
Para Taylor Barnes, jornalista americana que escreveu para o New York Times e hoje trabalha para o USA Today, "este é um país cheio de pessoas amigáveis que não são detidas pela linguagem, nem pelas barreiras culturais". Taylor tem alma de viajante e encara seus três anos e meio de Brasil pelo viés da descoberta.
Já o irlandês James Young, que pode ser lido no jornal britânico The Independent, na revista Sports Illustrated e outros, tem uma visão um pouco mais abrangente: "Os brasileiros são uma mistura. São bem tranquilos, mas rigorosos com certas regras de etiqueta, por exemplo, como não comer com a mão e sempre usar guardanapo. São generosos, mas, algumas vezes, parecem faltar com consideração". James não pretende ofender, mas ele fala com propriedade, afinal, já são quase dez anos passados por aqui, a maioria deles em Belo Horizonte.
Vincent Bevins também ressalta a simpatia, mas lembra que é um povo que nem sempre lida bem com críticas vindas de fora: "Dependendo do que você disser, pode ser considerado chato ou desagradável". Ele escreve para os jornais Los Angeles Times e Financial Times, e mantém o blog "From Brazil" no site do jornal Folha de S.Paulo.
Da turma, a que está há menos tempo no país é Lourdes Garcia-Navarro, da NPR (National Public Radio), uma das maiores e mais antigas produtoras de conteúdo para rádio dos Estados Unidos. Ela se mudou para cá em abril de 2013: "Um país caro", diz ela, mas com "as pessoas mais legais que você vai conhecer".