O prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti, reclamou nesta quinta-feira do entulho das obras do Beira-Rio. Segundo ele, o Inter e a construtora que gere a reforma do estádio foram notificados ao menos cinco vezes para resolver o problema das sobras de materiais. Fortunatti ainda disse que tal situação trava as obras públicas no entorno do estádio.

"Temos ainda um gargalo, que é o entulho das obras. Temos que retirar, encontrar uma solução. O entendimento da prefeitura é que Inter e Andrade Gutierrez [empresa que fez a reforma do estádio] são os responsáveis por tirar os materiais de lá. As obras já contratadas pela prefeitura precisam da retirada para acontecer", afirmou o prefeito em entrevista coletiva após um evento sobre a Copa do Mundo na manhã desta quinta.

O entorno é o principal ponto a ser resolvido do Beira-Rio para Copa do Mundo. Desde a inauguração, as dificuldades de chegada e saída deixam o trânsito lento nas proximidades da casa do Inter.

Segundo Fortunatti, o clube e a construtora precisam agir rápido. O prefeito disse que já notificou os responsáveis cinco vezes sobre o tema.

"Não temos prazo. Temos que concluir as obras de pavimentação para que as estruturas temporárias possam ser colocadas", completou.

O Beira-Rio receberá quatro jogos da primeira fase e mais um das oitavas de final da Copa do Mundo em Porto Alegre. A menos de 40 dias do início do torneio mais importante do futebol mundial, o estádio terá um teste realizado neste sábado, quando o Inter enfrenta o Atlético-PR pela quarta rodada do Brasileirão.

No entanto, o evento organizado pelo COL [Comitê Organizador Local] da Copa do Mundo vai falhar em vários itens do chamado 'padrão Fifa'. Sem as estruturas temporárias, ainda na fase inicial de construção, o estádio não terá detector de metais. E os repórteres que não trabalham para TVs detentoras de direitos poderão ficar no gramado, algo proibido em competições organizadas pela entidade