O ex-policial Tony Conniford é chefe de segurança da federação inglesa de futebol e veio ao Brasil para verificar as condições do hotel onde a seleção se hospedará no Rio de Janeiro durante a Copa do Mundo.

No fim de semana, ele conversava com um colega brasileiro no bar do hotel enquanto um jornalista do diário Daily Mail ouvia o que ele dizia:

"Os problemas aqui estão em todos os jornais. Eu recebo ligações dos meus chefes na federação, eles estão surtando [freaking out] e dizendo: 'Tony, você tem certeza que é seguro? Você pode garantir que será seguro para a seleção?' Eles estão realmente preocupados. Temos que ser extra vigilantes, não podemos cometer erros."

A conversa aconteceu no mesmo fim de semana em que um homem foi morto em troca de tiros com policiais na favela da Rocinha, que fica perto do hotel onde a seleção inglesa ficará.

Conniford também detalhou as exigências de segurança que foram feitas pela federação tanto para os funcionários do hotel quanto para os do campo de treinamento que a equipe usará na Urca.

"Vocês têm que pedir identificação de qualquer um que se aproximar. Tem que checar e rechecar todo mundo."

Adrian Bevington, diretor da FA, foi procurado pela imprensa inglesa para comentar sobre o que falou Conniford.

"A federação está confiante nos preparativos de segurança no local. Tony é um profissional muito experiente, e a conversa foi escutada enquanto ele fazia seu trabalho. Ele tem todo nosso apoio", disse o diretor.

Nos últimos meses, a imprensa inglesa tem dado especial atenção aos problemas de segurança no Rio de Janeiro. Cerca de 50 mil torcedores do país são esperados para viajar ao Brasil para a acompanhar a seleção.