De olho no cofre

MT admite subsidiar jogos para Arena Pantanal não virar "elefante branco"

Do UOL, em São Paulo

  • Edson Rodrigues/Secopa-MT

    Estádio que ainda está em obras na capital mato-grossense vai receber quatro jogos da Copa do Mundo

    Estádio que ainda está em obras na capital mato-grossense vai receber quatro jogos da Copa do Mundo

O Governo do Estado de Mato Grosso está disposto a subsidiar o custo de se disputar partidas de futebol na Arena Pantanal a partir do ano que vem. O objetivo é fazer com que os clubes de Mato Grosso, que possuem média de público inferiores a 2.000 torcedores por jogo, possam fazer uso do estádio, impedindo, assim, que a arena se torne um "elefante branco" após a Copa do Mundo do Brasil, que irá de 12 de junho a 13 de julho.

Construída para receber quatro jogos da primeira fase do Mundial de futebol, a Arena Pantanal custou R$ 605 milhões ao seu proprietário, o Estado de Mato Grosso. O estádio foi erguido sem que fosse feito um estudo de viabilidade econômica que mostrasse como seria possível operar o equipamento após a Copa sem ter prejuízo.

Agora, o Estado de Mato Grosso afirma que a saída será privatizar a operação da arena. Ocorre, porém, que entidades privadas não se interessam por equipamentos que correm o risco de dar prejuízo. Por isso, no início da semana, Maurício Guimarães, secretário da Secopa-MT (Secretaria Extraordinária para a Copa do Mundo em Mato Grosso), afirmou aos órgãos da imprensa local: "Independentemente de ser operado pelo Estado, antes da concessão, ou por empresa privada, depois da concessão, esse patrimônio será o indutor da melhoria do futebol. Isso é regra pétrea em concessão. Tem que ter condições necessárias para isso, nem que o poder público tenha que subsidiar, para dar condições para os times jogarem aqui".

A julgar pelos números do futebol mato-grossense e por recentes declarações de dirigentes do futebol local, certamente o poder público terá que colocar mais dinheiro na arena do que já colocou até agora.

De acordo com o que disse Eder Moraes, presidente do Mixto, time de maior torcida de Cuiabá, não se pode esperar que os times de Mato Grosso contribuam de maneira relevante para viabilizar economicamente a operação da Arena Pantanal: "Os clubes de futebol de Mato Grosso não têm como garantir a viabilidade econômica do equipamento, por isso mesmo foi feita uma arena multiuso. É preciso encontrar um investidor da iniciativa privada que esteja disposto a colocar Cuiabá no circuito dos grandes eventos internacionais, como lutas de UFC e shows musicais".

De acordo com o secretário Maurício Guimarães, há "uma série" de empresas interessadas em gerir a Arena Pantanal. O titular da Secopa-MT, porém, não citou o nome de nenhuma. 

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