Obras da Copa no Brasil já matam 4 vezes mais que na África do Sul
Do UOL, em São PauloA morte do operário Fabio Hamilton da Cruz neste sábado, após cair durante as obras das arquibancadas provisórias do Itaquerão, foi a oitava durante a construção dos estádios para a Copa do Mundo de 2014. Assim, o Brasil chega ao quádruplo de mortes em comparação com as ocorridas durante as obras para o Mundial da África do Sul, em 2010.
Antes da Copa ocorrida há quatro anos, dois operários faleceram: Dumisani Koyi, 28 anos, em agosto de 2008, nas obras do estádio Peter Mokaba, em Polokwane, e Sivuyele Ntlongotya, 26 anos, no estádio Green Point, na Cidade do Cabo.
No Brasil, mortes já aconteceram em três estádios que receberão jogos do Mundial: Itaquerão (3 mortes), Arena da Amazônia (4) e Mané Garrincha (1).
A primeira ocorreu no estádio de Brasília, no dia 11 de junho de 2012. Cinco aconteceram em 2013 e duas em 2014, já no ano do Mundial.
Confira, abaixo, todas as mortes em obras em estádios para a Copa:
A situação deve ser ainda pior na Copa-2022, no Qatar. Relatório da Confederação Sindical Internacional afirma que, desde o início das obras para a Copa no país asiático, mais de 1,2 mil imigrantes foram mortos.
A Anistia Internacional já exigiu que a Fifa pare de se eximir da responsabilidade sobre os direitos trabalhistas no Qatar. A ONG teme que a situação piore com a necessidade de mais mão-de-obra até 2022.