Arena da Baixada tem jogo-teste com público reduzido e sem a imprensa

Osny Tavares

Do UOL, em Curitiba

O Atlético Paranaense realizou neste sábado o primeiro jogo-teste da Arena da Baixada para a Copa do Mundo. O time principal, que atualmente disputa a taça Libertadores da América, empatou por 0 a 0 com o J. Malucelli para um público de 10 mil pessoas, formado por sócios sorteados, operários da obra e convidados.

Com metade das cadeiras ainda por ser instaladas, os torcedores ocuparam apenas os dois setores inferiores paralelos ao gramado e uma das curvas de escanteio. A imprensa não teve acesso ao evento. O clube tomou a decisão no meio da semana, sob a justificativa de que a estrutura para recepcionar os jornalistas ainda não está pronta.

Depois do anúncio, no entanto, o Atlético-PR permitiu que apenas a Rede Globo registrasse imagens da partida. Alguns jornalistas compraram ingresso de cambistas. Vários operários também aproveitaram a oportunidade para transformar o bilhete em dinheiro. O ingresso era vendido por R$ 100, em média, até minutos antes da partida.

Com um público reduzido, não houve qualquer tipo de demora ou aglomeração na entrada. Segundo torcedores, o único desconforto ocorreu para a retirada de pipoca e refrigerante. Cada torcedor ganhou um vale gratuito, o que formou longas filas, que chegavam ao corredor de acesso às cadeiras.

No primeiro contato com o estádio após o início das obras, os atleticanos puderam ver uma estrutura totalmente reformulada, mas ainda sem parte do acabamento. Nas rampas de acesso às catracas, parte do piso ainda está em cimento cru. Onde o revestimento já foi instalado, poeira de construção recobre o chão. A praça Afonso Botelho, em frente ao estádio, que abrigará estruturas provisórias, serve sobretudo como depósito de materiais de construção.

Dentro da arena, segundo torcedores ouvidos pela reportagem, a estrutura está mais acabada. "Aumentou o número de banheiros, o espaço de circulação e o número de lojas. A torcida também fica mais próxima do campo", relatou o médico Fernando Schmidt, 32 anos.

"Senti falta de poder andar pelo estádio, porque só um setor estava liberado. As cadeiras são confortáveis, têm espaço para as pernas", ressaltou o industrial Luiz Escorsin, 61 anos.

Alessandra Mezzomo, gerente financeira de 40 anos, é torcedora do rival Coritiba, e foi à Arena da Baixada pela primeira vez. "O estádio está muito bonito. O jogo, nem tanto. Tomara que dê tempo de terminar tudo para a Copa. quero ver como vai ficar quando estiver cheio."

A Arena da Baixada esteve ameaçada de ser retirada do mundial de futebol em virtude de atrasos na conclusão, mas foi garantida após compromissos adicionais feitos pela prefeitura de Curitiba e governo do Paraná, como a garantia de financiamento para a conclusão da obra.

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