Nova "superliga" da Europa complicará agenda de amistosos do Brasil

Fernando Duarte

Do UOL, em Londres

A decisão da UEFA de criar uma Liga das Nações para ser disputada a partir de 2018 vai criar dificuldades para a agenda de amistosos da seleção brasileira. A competição, que reunirá as 54 seleções europeias, pretende "invadir" o calendário reservado pela Fifa para as partidas fora de competição entre equipes internacionais, limitando o número de datas reservadas para amistosos.

O comunicado emitido pela Uefa na terça-feira para anunciar a criação da Liga das Nações deixou isso bem claro ao dizer que o torneio planeja fortalecer a agenda das seleções afiliadas. "Sentimos que os amistoso não estão proporcionando competitividade adequada", afirma Wolfgang Niersbach, diretor da Uefa para competições de seleções.

Menos mal que a ideia é ter a Liga das Nações disputada a cada dois anos, mas ainda assim o torneio promete ser um desafio para a logística da seleção brasileira na organização de seu calendário de amistosos, restringindo ainda empreitadas mais ''globalizadas" como a realização de jogos em ''campo neutro", como o Brasil x Inglaterra que em 2009 teve Doha, no Catar, com palco.

Ainda que a Uefa tenha ressaltado que o calendário oferecerá oportunidades para amistosos, elas serão minoria entre as 18 datas previstas para partidas de seleções no calendário internacional.

Trata-se também de uma senhora manobra da Uefa para fazer caixa com as seleções: a entidade planeja uma ambiciosa venda de direitos de transmissão, que assim como na Liga dos Campeões, sua principal competição de clubes, é centralizada para depois ser repassada às agremiações.

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