Surpreso com chance, Rafinha quer um minuto para ganhar vaga na Copa

Paulo Passos

Do UOL, em Pretória

  • AFP PHOTO / CHRISTOF STACHE

    Rafinha não esperava o chamado de Luiz Felipe Scolari para o amistoso contra a África do Sul

    Rafinha não esperava o chamado de Luiz Felipe Scolari para o amistoso contra a África do Sul

A convocação de Rafinha para a último teste antes da divulgação da lista de jogadores que irão para a Copa do Mundo surpreendeu muito gente. Inclusive o próprio jogador. Em entrevista ao UOL Esporte, ele admitiu que não esperava o chamado de Luiz Felipe Scolari para o amistoso desta quarta-feira contra a África do Sul, em Joanesburgo.

Não que o retrospecto do lateral não justifique a chance dada por Felipão. Desde o início da atual temporada européia, ele virou titular no Bayern de Munique e encantou o novo técnico do clube Pep Guardiola. Acontece que a certeza exposta até agora de que Daniel Alves e Maicon seriam os escolhidos para disputar a posição de lateral-direito na Copa não dava esperanças para a "novidade" do jogo desta quarta.

"Se eu falar que estava esperando uma convocação, é mentira. Não estava. Quando você esta jogando no Bayern de Munique, de titular, você sempre tem chance, mas como não tinha sido chamado até agora, fiquei surpreso", afirmou o lateral.

Confira a entrevista exclusiva com Rafinha

UOL Esporte: O que você espera dessa chance? Dá para conseguir uma vaga na Copa em apenas um jogo?

Rafinha: Olha, eu quero é jogar. Se tiver oportunidade de entrar 1 minuto, vou lutar para ganhar a minha vaga na Copa. E posso conseguir. O tempo agora é curto. São três dias com a seleção. Um minuto vai ser uma hora.

UOL Esporte:Você tem tido uma temporada de destaque no Bayern de Munique. Mas na seleção, parecia que as vagas na lateral direita estavam fechadas com Daniel Alves e Maicon. Você já tinha desistido da seleção?

Rafinha:Se eu falar que estava esperando uma convocação, é mentira. Não estava. Quando você esta jogando no Bayern de Munique, de titular, você sempre tem chance, mas como não tinha sido chamado até agora, fiquei surpreso. Quando saiu a convocação fiquei muito feliz. É legal. O sonho é sempre estar na seleção. Fica um sentimento de trabalho reconhecido.

UOL Esporte:Você chegou a falar com o Felipão antes do chamado?

 

Rafinha:Não, não o conhecia. Nunca tinha recebido ligação dele, nem nenhum tipo de contato. Eu acho que não tem necessidade. Se ele me convocou, foi pelas minhas qualidades apresentadas em campo. Aqui vai me conhecer melhor.

UOL Esporte:No início da temporada européia, você teve uma proposta do Corinthians. Por que não houve acerto?

Rafinha:Teve realmente a proposta, mas infelizmente não chegamos a um acordo. O Bayern me fez uma proposta irrecusável para ficar. Estou bem aqui em Munique. Tomei a decisão e estou feliz.

UOL Esporte:Você está sendo chamado após uma meia temporada como titular no Bayern. Se tivesse ido para o Corinthians, você acredita que a convocação teria acontecido?

Rafinha:Não dá pensar assim. Sei que o clube passou por momentos difíceis, mas acho que se eu tivesse ido o Corinthians ia estar ganhando (risos). Tomei a decisão e as coisas aconteceram. O futuro pertence a Deus.

UOL Esporte:Como é trabalhar com o Guardiola? O que ele tem de diferente dos outros técnico?

Rafinha:Eu só tenho elogios a fazer para ele. Confiou no meu trabalho. Eu retribui dentro de campo, mas ele me deu continuidade, sequência. Ele é muito estudioso, entende o jogo e sabe como motivar cada jogador. Ele chegou já falando alemão. Isso agradou muito o pessoal aqui. Ele é, sim, um técnico especial.
 

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