Operários testam guindastes para retirar peça que caiu no Itaquerão
Do UOL, em São PauloOperários que trabalham na construção da Arena Corinthians, em Itaquera, zona leste de São Paulo, fizeram, nesta terça-feira, 28, testes com guindastes próximo à área do acidente que matou dois operários em 27 de novembro. Ainda não foi divulgada uma data para fazer o procedimento, mas é esperado que aconteça em breve.
Oficialmente, a Odebrecht, construtora responsável pela obra, afirmou que os preparativos para a retirada do módulo metálico acidentado estão em andamento.
Nesta terça, a empresa divulgou uma nota em que cobra esclarecimentos da empresa alemã Liebherr, fabricante do guindaste envolvido no acidente de dois meses atrás sobre a falta de informações na caixa preta. O equipamento levantava a última peça da cobertura do estádio que faltava ser instalada quando caiu sobre o prédio da arquibancada leste.
A Liebherr informou o Ministério do Trabalho e Emprego que a caixa preta do guindaste estava limpa e não armazenou qualquer registro no dia do acidente. A análise dos dados do equipamento poderia ajudar a esclarecer a causa do acidente.
"O dispositivo deveria registrar todas as etapas da operação, tendo sido retirado por técnicos do próprio fabricante e levado à Alemanha no início de dezembro passado, justamente para se fazer a leitura dos dados de operação e funcionamento do guindaste. Causa-nos profunda estranheza e perplexidade essa alegação, uma vez que tais registros poderiam esclarecer se houve eventual erro humano, e/ou eventual falha do equipamento e/ou eventual anomalia no comportamento do solo naquela operação de içamento da última peça da cobertura do estádio", diz a nota enviada pela construtora.
"A Odebrecht espera, assim, que o fabricante venha a público prestar esclarecimentos técnicos a respeito do ocorrido, bem como dar a devida satisfação às famílias das vítimas, à sociedade brasileira e às autoridades que investigam o acidente."
Enquanto isso, o inquérito policial que apura a responsabilidade do acidente também segue sem solução. A Polícia Civil espera a conclusão do laudo pericial do IC (Instituto de Criminalística). O delegado responsável pelo caso pediu adiamento do prazo para o fim da investigação. Uma nova data limite ainda não foi definida.
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