Idealizada por volante do Palmeiras, fundação ajuda crianças uruguaias

Luis Augusto Simon

Do UOL, em São Paulo

A noite de 2 de julho de 2010 foi de festa em Johannesburgo, na África do Sul. Os jogadores do Uruguai comemoravam a classificação para a semifinal da Copa após uma vitória dramática sobre Gana nos pênaltis. No meio de tanta festa, o volante Egurén, hoje no Palmeiras, teve uma ideia: os jogadores deviam fazer alguma coisa em favor da educação de jovens do país. Lugano, Scotti, Castillo e Godin entusiasmaram-se e todos levaram a ideia a outros jogadores.

A conversa resultou na criação da Fundação Celeste, organização que pretende fomentar os valores do esporte na educação das crianças uruguaias, principalmente através do futebol.

A primeira inversão financeira veio com os jogadores doando parte do prêmio ganho pelo quarto lugar no Mundial. Ainda em 2010, fizeram um primeiro calendário, com fotos pretensamente sensuais. Nesta segunda-feira, mais uma ação: um calendário com jogadores da seleção em fotos com garotos e garotas atendidos por programas de inclusão social mantidos pela Fundação foi distribuído com o jornal El Pais, um dos principais do Uruguai.

A Fundação tem convênios com o BID e com a Afncap, empresa uruguaia da área de combustíveis. A Fifa, que soube da fundação graças a um depoimento do treinador Oscar Tabarez, também ajuda.

"Através de Cebolla Rodriguez e Diego Godín explicamos o que era a fundação e pedimos ajuda da Fifa. Um mês depois, recebemos a resposta cheia de elogios, dizendo que a Fifa estava orgulhosa do trabalho pioneiro e agora nos ajudam com metodologia, materiais e dinheiro também", diz Lucia Godin, irmã de Diego, que comanda a parte prática da Fundação, que tem Lugano como presidente, Andrés Scotti, como vice e Egurén como secretário.

Em todas as inaugurações há sempre a participação de um jogador da seleção. Eles se transformaram em heróis depois do quarto lugar no Mundial e da conquista da Copa América, além da vigorosa reação que transformou uma campanha vexaminosa nas eliminatóras na conquista da vaga na Copa do Brasil.

A fama se espalha para parentes dos jogadores. As mães de Loco Abreu, Cavani e Lugano estrelaram uma propaganda de televisão de uma marca de lava louças, que se comprometeu a ajudar na reconstrução de quadras e campos de futebol. Foi um sucesso.
 

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