"Anfitrião", Dante explica cultura baiana a alemães e alerta sobre comida

Do UOL, em São Paulo

O zagueiro Dante, do Bayern de Munique, se posicionou como anfitrião do Brasil e da Bahia para explicar ao jornal alemão Die Welt alguns aspectos da cultura nacional. A seleção do técnico Joachim Löw jogará toda a primeira fase da Copa de 2014 no Nordeste.

A Alemanha enfrentará Portugal em Salvador, Gana em Fortaleza e os Estados Unidos no Recife. A equipe também se concentrará na região, em um campo construído pela própria federação alemã na Vila de Santo André, cidade de Santa Cruz de Cabrália, na Bahia.

"Estou muito feliz que a Alemanha jogará na minha 'casa'. Meus amigos e parentes querem saber como são os alemães. No Brasil, particularmente na Bahia, as pessoas geralmente são amigáveis e tranquilas. Os alemães se darão bem por lá", contou Dante, que nasceu em Salvador.

Questionado em relação à comida baiana, Dante explicou os ingredientes do acarajé e do vatapá e, depois, fez um alerta. "Ela é bem diversificada e conta com vários pratos deliciosos. Mas os torcedores alemães precisam tomar cuidado nos primeiros dias no Brasil. O estômago precisa de tempo para se acostumar com nossa comida, que é muito diferente da europeia."

"Os nomes [acarajé e vatapá] são africanos. Nossa cidade foi marcada pela escravidão. A capoeira, que mistura dança e luta, foi desenvolvida em Salvador e hoje é famosa em todo o mundo. Isso nos dá muito orgulho."

Dante também citou o axé e tentou explicar a música baiana ao jornal. "Um de nossos estilos musicais é o axé, que é particularmente alto. A música conta com um grande ritmo e influências de outros gêneros. É difícil descrever, você precisa ouvir."

A última "aula" do zagueiro do Bayern foi relacionada às fitas do Senhor do Bonfim, outra tradição de Salvador.

"Eu uso uma. Cada cor representa um desejo diferente. O verde significa esperança, o amarelo é dinheiro e o vermelho expressa o amor. Minha mãe usou uma fita antes de eu nascer e desejou que eu tivesse saúde. Assim foi, então ela colocou 'Bonfim' como meu nome do meio."

Com relação ao clima baiano, o jogador disse que os alemães sentirão o calor, mas até certo ponto. "Não é tão extremo quanto dizem. Nada comparado a Manaus, onde o ar é distinto. Se você for à Bahia, conhecer as praias e entender como funciona nossa mentalidade, não reclamará mais do calor", brincou o zagueiro.

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