Taffarel diz que foi artilheiro de paróquia italiana no ano do tetra

Paulo Passos e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

  • Getty Images

    Taffarel comemora erro de Roberto Baggio e a conquista do campeonato mundial em 1994

    Taffarel comemora erro de Roberto Baggio e a conquista do campeonato mundial em 1994

Uma Copa irretocável, a defesa de dois pênaltis na decisão e a conquista de um título que o Brasil não levava havia 24 anos. São muitos os fatos que marcaram o ano de 1994 para o ex-goleiro Taffarel. Um deles, porém, é bem menos conhecido. É que meses antes da consagração nos Estados Unidos, o brasileiro foi artilheiro num campeonato sem o mesmo glamour do Mundial.

"Eu estava sem contrato em 1994, antes da Copa do Mundo. Ao que uma paróquia pediu para eu jogar com eles num torneio de padres. Eu aceitei, mas não atuei no gol. Eles queriam que eu fosse goleiro, mas eu disse não. Falei que só jogaria se fosse na linha. Virei atacante e fiz 15 gols em sete jogos. Em 94, fui artilheiro da paróquia e campeão do mundo", lembra entre risadas Taffarel, que atualmente é preparador de goleiros do Galatasaray, da Turquia, em entrevista ao UOL Esporte.

Titular nas Copas de 1990, 1994 e 1998, o ex-jogador do Internacional elogia a posição de Luiz Felipe Scolari de garantir Júlio César na Copa do Mundo, apesar de o goleiro não estar jogando no seu clube, o QPR, da segundo divisão da Inglaterra. Ele revelou que conversou com o titular da seleção, sugerindo que procurasse uma equipe para jogar e ganhar ritmo para o Mundial.

"Preocupa essa situação dele sem jogar. Eu até já declarei isso a ele porque isso aconteceu comigo também na véspera de uma Copa América.  Eu estava no Parma e por uma questão parecida eu não podia nem ficar no banco. Tinha que ficar na tribuna e isso me prejudicou muito na seleção brasileira. Você perde ritmo", afirma. "Acho que o Júlio tem que resolver isso na próxima janela e achar um clube para jogar", completa.

Na Copa de 2010, na África do Sul, Taffarel esteve na delegação comandada por Dunga. O ex-goleiro foi chamado para ser um dos auxiliares do treinador. Ele conta que o vestiário após a derrota contra a Holanda foi o mais triste que já viveu na seleção.

"Em 90, a gente não estava 100%, em 94 ganhou e em 98 tivemos uma grande semifinal, mas na final ficou claro que ninguém jogou nada. Foi mais fácil de aceitar. Em 2010 foi complicado por tudo que vivemos antes. O grupo estava unido, o Dunga tinha se dedicado muito e os jogadores viram que perderam uma grande chance. Foi muito triste mesmo", diz.

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