Não é um Bósnia x Irã qualquer que vai acabar com o ânimo dos torcedores brasileiros que já compraram ingressos para a Copa do Mundo do ano que vem. Embora tenham virado piada na internet, as partidas que envolvem seleções mais fracas parecem não desanimar o público.

"Acho que se o time está na Copa do Mundo, ele tem alguma coisa para mostrar", disse o arquiteto Jeferson Effren, de 37 anos. Morador de Salvador, ele tem ingressos para os quatro jogos disputados na capital baiana, inclusive Bósnia x Irã, em 25 de junho.

"Vou ver um monte de jogo bom aqui: Espanha e Holanda, que fizeram a final da Copa passada, Alemanha e Portugal, que são bons times. O jogo da Bósnia veio de brinde. Mas vai saber? De repente surpreende", concluiu Effren, que não levou a sério as brincadeiras feitas na internet sobre a falta de relevância das duas seleções.

Effren assistiu a todos os jogos da Copa das Confederações disputados em Salvador, embora estivesse trabalhando como voluntário em duas das partidas. "Ficava na catraca, então, depois que o pessoal entrou não tinha mais muito trabalho. Deu para conciliar bem as duas coisas: ficava de olho na catraca e via um pouquinho do jogo."

Fazer parte de um evento grandioso como a Copa é mais importante do que os times que vão jogar, na opinião do artista plástico Valdir Francisco, de 62 anos, que vive em Curitiba. "Se tivesse outras seleções aqui, ia ser bem legal. Mas jogo da Copa é sempre um espetáculo."

Torcedor do Paranavaí, Francisco pretende ir à Arena da Baixada com a mulher e a filha assistir a quatro jogos, entre eles Honduras x Equador e Irã x Nigéria que não são, propriamente, grandes clássicos internacionais. "Minha mulher já está bem animada. Disse que vai torcer para os times mais fracos na Copa", brincou o aposentado. A atual campeã mundial Espanha, porém, deve ter o apoio incondicional do casal, de ascendência espanhola.