Bahia usa cerca de mil policiais e até Forças Armadas para proteger sorteio

Ricardo Perrone e Rodrigo Mattos

Do UOL, na Costa do Sauípe

  • Rodrigo Mattos/UOL

    Carro antibomba será utilizado na proteção do sorteio da Copa

    Carro antibomba será utilizado na proteção do sorteio da Copa

Haverá cerca de mil homens para proteger o sorteio da Copa-2014 de protestos ou outros incidentes de segurança. Esse é o contingente aproximado incluindo integrantes da polícia federal, estadual, rodoviária e até das Forças Armadas que atuará na região da Costa do Sauípe, complexo de hotéis onde será sediado o evento.

Para efeito de comparação, o número de pessoas envolvidas na proteção é similar ao de um jogo de futebol de grande porte de risco, como os com torcidas rivais. Detalhe: uma partida pode ter até 70 mil torcedores, enquanto o sorteio terá 5 mil espectadores, com cerca de 2 mil trabalhando no evento.

Essa megaoperação não está incluída no custo público do sorteio que é de R$ 6,4 milhões em investimento do governo da Bahia. Outros R$ 20 milhões serão pagos pela Fifa.

Só de forças policiais estaduais são cerca de 800 homens. "Esse é nosso apoio logístico. Faz parte do plano operacional que estabelecemos", afirmou o secretário especial de Copa do Mundo da Bahia, Ney Campello.

A proteção é reforçada pelo CCDA (Centro de Defesa de Área) da Bahia que reúne as forças armadas. No caso baiano, ele é coordenado pela Marinha. Todos Estados que receberão jogos do Mundial têm um centro. Ele cuida de defesa cibernética, possíveis ataques terroristas e infraestruturas consideradas críticas. Militares também ficam de prontidão e entram em ação caso a Força Nacional de Segurança precise de ajuda. Isso pode acontecer, por exemplo, em  protestos violentos.

A Bahia é um Estado sensível para protestos como se demonstrou na Copa das Confederações. Foi em Salvador que um ônibus da Fifa foi atacado e atingido por pedras, o que gerou uma crise entre a entidade e o governo federal. Mas Campello discorda que os baianos sejam mais propensos a ataques ao Mundial.

"Aquele ônibus no centro foi uma temeridade. Estava abandonado. A Bahia não teve essa repercussão todas dos protestos", minimizou o político.

Isso não impediu o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o secretário-geral, Jérôme Valcke, de chegaram à Copa do Sauípe acompanhados de um aparato policial que incluiu um helicóptero e 21 batedores, tratamento de chefes-de-estado, montado pela polícia federal.  Os hotéis escolhidos para que eles fiquem e o sorteio seja realizado são isolados, o que facilita bloqueios policiais.

"Respeitamos o direito de protesto. Mas o sistema de segurança tem que garantir o direito de ir e vir de todos os envolvidos", afirmou o diretor de comunicação do COL (Comitê Organizador Local).

Nesta segunda, no primeiro dia de atividades da Fifa na Costa do Sauípe, a preocupação com a segurança ficou demonstrada numa varredura feita pelo esquadrão antibomba da polícia federal na sala em que seria concedida entrevista coletiva sobre o sorteio do Mundial.

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